Estadão expõe a ‘farsa’ de Lula

O editorial Google, o novo ‘inimigo do povo’, publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira, 31, critica a reação do governo Luiz Inácio Lula da Silva a um erro na cotação do dólar exibida pelo Google, em 25 de dezembro. 

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Segundo o Estadão, o equívoco — que mostrou a morda norte-americana a R$ 6,35, ou seja, R$ 0,20 acima do valor real — foi rapidamente corrigido. No entanto, o governo teria aproveitado a situação para reforçar uma narrativa de “vitimização e conspiração”. 

A publicação afirma que, em vez de focar nos problemas econômicos, como a política fiscal e a alta do dólar, o governo estaria criando teorias conspiratórias para desviar a atenção de sua responsabilidade em questões econômicas.

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“O governo de Lula da Silva, empenhadíssimo em demonstrar que a moeda brasileira está sob ataque especulativo das forças ocultas do mercado, parece inclinado a tomar esse caso como prova de suas teorias da conspiração — e, de quebra, ainda pretende fustigar uma das principais Big Techs, empresas que, segundo Lula, ganham dinheiro ‘disseminando inverdades’”, diz a publicação.

A Advocacia-Geral da União (AGU) foi acionada para reunir informações para uma possível ação judicial contra o Google. O objetivo seria investigar possíveis fake news relacionadas à cotação do dólar e à suposta manipulação de informações. 

A estratégia do governo Lula

Para o jornal, o Planalto estaria recorrendo à estratégia de “inventar complôs de inimigos do povo” para justificar a situação econômica. Essa narrativa tornaria a “Faria Lima” e as empresas de tecnologia “cúmplices” em uma suposta campanha de desinformação contra o governo. 

Exposição de nota falsa de dólar americano com a imagem do presidente Lula, durante sessão no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília| Foto: Reuters/Adriano Machado

A resposta oficial ao erro do Google, nesse contexto, seria uma forma de alimentar essa conspiração. O texto destaca, por exemplo, a declaração do ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, que acusou uma “indústria das fake news” de atuar contra o Brasil. 

Ainda no texto, o Estadão afirma que “o Palácio do Planalto decidiu recorrer à surrada tática lulopetista de inventar complôs.” Para o jornal, transformar o Google em um “inimigo do povo” é uma manobra desproporcional, usada pelo governo como cortina de fumaça para problemas reais.

Enquanto isso, ele se exime das responsabilidades pela deterioração cambial, inflação fora da meta e trajetória de alta da dívida pública.

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