A Ilha da Trindade, localizada a 1.140 quilômetros da costa do Espírito Santo, celebra o Ano Novo uma hora antes da maior parte do Brasil, em razão de seu fuso horário, o UTC-2. Este fuso, que também abrange Fernando de Noronha, está adiantado em uma hora em relação ao de Brasília, o UTC-3.
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Sem o horário de verão em vigor, a ilha mantém essa diferença horária. Controlado pela Marinha e acessível apenas com autorização, o local é um tesouro científico por sua formação vulcânica e biodiversidade única.
A ilha é um importante local de desova de tartarugas e abriga espécies endêmicas. Isso atrai pesquisadores interessados em seus ecossistemas especiais.
O Brasil possui quatro fusos horários. Além do fuso de Trindade, há o de Brasília, o Horário da Amazônia, atrasado em uma hora, e o Horário do Acre, com duas horas de atraso. A discussão sobre a possível volta do horário de verão em 2024 não avançou, mantendo a diferença atual.
Além do Ano Novo adiantado, histórias da Ilha da Trindade
Em 2023, duas descobertas notáveis foram feitas na Ilha da Trindade: rochas formadas por resíduos plásticos, principalmente de redes de pesca, e o Acyrtus simon, um peixe-ventosa com cores rosadas, descoberto por pesquisadores da Ufes e USP. Este peixe usa sua ventosa para se fixar nos recifes vulcânicos. Dessa forma, ele evita que as correntes o leve.
O biólogo João Luiz Rosetti Gasparini, participante de expedições à ilha, descreveu o local ao portal g1 como “um éden para pesquisas”. A presença de muitas espécies endêmicas torna a ilha um foco de interesse científico.
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Descoberta em 1501 pelo navegador João da Nova, a Ilha da Trindade tem esse nome em homenagem à Santíssima Trindade. O ponto mais alto é o pico São Bonifácio, com 625 metros. A ilha surgiu há cerca de 3 milhões de anos de uma zona de fraturas no Atlântico.
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