Em entrevista à edição do Jornal da Oeste desta quinta-feira, 2, o especialista em marketing poloítico Paulo Ricardo Bomfim analisou a situação crítica em que Donald Trump assumirá a presidência dos Estados Unidos. O republicano retomará o comando da Casa Branca em 20 de janeiro.
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Somente nesta quarta-feira, 1º, foram registrados dois ataques suspeitos de terem motivações terroristas. Ainda na madrugada, um homem jogou um veículo contra uma multidão na cidade de Nova Orleans, Louisiana, o que resultou em pelo menos 15 mortes e 30 feridos.
Horas depois, um carro Tesla Cybertruck explodiu na entrada do Trump International Hotel, em Las Vegas, no Estado norte-americano de Nevada. O xerife da cidade, Kevin McMahill, informou que uma pessoa morreu e outras sete ficaram levemente feridas com a explosão.
Para Bomfim, os ataques fortalecem a postura adotada do futuro presidente republicano. “Tudo o que Trump pregou na eleição, e todas suas propostas de segurança pública, terá a oportunidade de criar um debate para implantar já no início do governo.”
O especialista em marketing político ainda avalia que Trump deve fortalecer as políticas migratórias do país, bem como aumentar o investimento na Defesa norte-americana. Bomfim ainda acredita que os EUA devem intensificar seu apoio a Israel na guerra contra o Hamas e demais grupos terroristas.
Vitória de Trump reflete crescimento da direita conservadora
Para ele, a direita conservadora ganhou força nos últimos anos com as vitórias de Javier Milei, na Argentina, e de Donald Trump. “O grupo conservador, globalmente falando, está muito longe de estar morto”, reflete Bomfim, que acredita que a eleição do empresário norte-americano influenciará candidatos de direita no mundo todo.
Como exemplo, ele cita a Venezuela, onde o ditador Nicolás Maduro alega ter vencido as eleições locais — postura que é contestada por diversos observadores internacionais. “Até em um país onde se tem uma ditadura de esquerda, as pessoas querem um governo de direita.”
Bomfim também recorda líderes de direita na Europa, como a italiana Giorgia Meloni e o ucraniano Volodymyr Zelensky. “Começamos a perceber que, globalmente, a eleição de Trump sempre tem influência.”
O “efeito Trump” também deve ser sentido no Brasil, segundo ele. “A eleição de Trump pode fortalecer e dar mais visibilidade ao debate de um candidato conservador e de direita nas eleições presidenciais de 2026.”
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