Opositor de Maduro diz querer ir à Venezuela tomar posse da presidência

Edmundo González Urrutia declarou neste sábado, 4, que irá à Venezuela tomar posse no lugar de Nicolás Maduro, mesmo sob ameaça de prisão no país. Ele afirma ter vencido as eleições presidenciais venezuelanas. O Uruguai reconheceu a vitória de González no último sábado, 4, e a Argentina também o chama de “presidente eleito da Venezuela”. 

Depois de um encontro com o presidente argentino, Javier Milei, o líder de oposição a Maduro revelou a intenção de retornar à Venezuela, “para tomar posse do mandato que os venezuelanos me deram quando me elegeram com 7 milhões de votos”, disse González. No entanto, ele não detalhou como pretende executar o plano, apenas expressou expectativa de que o ditador chavista “colabore para uma transição pacífica e ordenada”.

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González também planeja uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Durante a mesma entrevista, ele mencionou que pretende falar com o democrata neste domingo, 5, e aguarda decisões sobre as novas autoridades dos EUA, em referência à volta de Donald Trump à presidência, marcada para 20 de janeiro.

O líder de oposição está exilado desde setembro. Ele deixou a Venezuela e solicitou asilo na Espanha depois que o órgão eleitoral venezuelano anunciou a reeleição de Maduro com 5,15 milhões de votos, equivalente a 51,2% do total. Segundo essa autoridade, González obteve 4,44 milhões de votos, um contingente de 44,2%. As atas eleitorais oficiais não foram divulgadas até agora.


O governo da Venezuela oferece uma recompensa de US$ 100 mil por informações que ajudem na prisão de González. O governo alega que o opositor estaria planejando um “golpe de Estado” com apoio dos Estados Unidos.

Países contestam resultado eleitoral da Venezuela

A posse de Maduro está marcada para a próxima sexta-feira, 10. O evento contará com o apoio das Forças Armadas, que declararam “lealdade absoluta” ao ditador. Maduro governa a Venezuela desde a morte de Hugo Chávez, em 2013.


Argentina, Estados Unidos, União Europeia e várias nações latino-americanas não reconhecem a reeleição de Maduro e exigem esclarecimentos sobre a contagem dos votos para validar o resultado. A declaração de vitória de Maduro desencadeou protestos, que resultaram em 28 mortes e milhares de detenções.

O governo brasileiro evita chamar o resultado de fraude, mas disse que não reconheceria a eleição sem a apresentação das atas eleitorais. Apesar disso, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva enviará um representante para a posse, conforme informou o portal UOL.

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