Mark Zuckerberg denuncia ‘cortes clandestinas na América Latina’ que promovem censura

O diretor-presidente do grupo Meta, controlador do Facebook, Instagram, e WhatsApp, Mark Zuckerberg, publicou um vídeo nesta terça-feira, 7, onde denuncia a atuação de “cortes clandestinas na América Latina” que estariam promovendo censura nas redes sociais.

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg

“Há países latino-americanos com tribunais clandestinos [secret courts] que podem ordenar que as empresas retirem do ar coisas de forma sigilosa”, declarou Zuckerberg no vídeo postado em suas redes sociais.

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O fundador do Facebook deixou claro que a partir de agora a atuação do grupo Meta será a favor da liberdade de expressão, dentro e fora dos Estados Unidos.

“Vamos trabalhar com o presidente Trump para pressionar os governos ao redor do mundo. Eles estão indo atrás de empresas americanas e pressionando para censurar cada vez mais. Os EUA têm as proteções constitucionais mais fortes do mundo para a liberdade de expressão”, disse Zuckerberg, “A única maneira de resistir a essa tendência global é com o apoio do governo dos EUA, e é por isso que tem sido tão difícil nos últimos quatro anos, quando até mesmo o governo dos EUA pressionou pela censura”.

Governo dos EUA promoveu censura, diz CEO da Meta

Em sua mensagem, Zuckerberg admitiu que o governo dos Estados Unidos promoveu deliberadamente atos de censura nas redes sociais durante os anos de mandato de Joe Biden. E que isso encorajou outros países a fazer o mesmo.

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“A única maneira de resistir a essa tendência global é com o apoio do governo dos EUA, e é por isso que tem sido tão difícil nos últimos quatro anos, quando até mesmo o governo dos EUA pressionou pela censura“, disse o executivo.

Segundo ele, “ao nos perseguir, e perseguir outras empresas americanas, isso encorajou outros governos a irem ainda mais longe. Mas agora temos a oportunidade de restaurar a liberdade de expressão, e estou animado para aproveitá-la”.

Zuckerberg anuncia fim do programa de checagem

Em sua mensagem, o CEO da Meta anunciou que o grupo vai acabar com o programa de checagem de notícias.

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“Costumávamos ter filtros que verificam qualquer violação de nossas políticas. Agora, vamos concentrar esses filtros em lidar com violações ilegais e de alta gravidade e, para violações de menor gravidade, vamos depender de alguém relatando um problema antes de agirmos. O problema é que os filtros cometem erros e removem muito conteúdo que não deveriam. Então, ao reduzi-los, vamos reduzir drasticamente a quantidade de censura em nossas plataformas”, disse Zuckerberg.

As equipes de moderação de conteúdo serão transferidas fora da Califórnia, e a revisão de conteúdo ficará no Texas. “À medida que trabalhamos para promover a liberdade de expressão, acho que isso nos ajudará a construir confiança para fazer esse trabalho em lugares onde há menos preocupação com o preconceito de nossas equipes”, explicou o CEO da Meta.

Meta foi uma das ‘maiores colaboradoras da Justiça’ no Brasil, diz Alexandre de Moraes

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, declarou recentemente que o grupo Meta foi um dos “maiores colaboradores da Justiça Eleitoral” no Brasil.

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“O WhatsApp, a Meta na verdade, que se diga, é uma das maiores colaboradoras da Justiça Eleitoral aqui no Brasil porque sabe o potencial de desinformação [e] que ela foi instrumentalizada, principalmente até as eleições de 2020″, disse Moraes em abril de 2024 ao concorrer ao cargo de professor titular do departamento de direito eleitoral da Faculdade de Direito da USP.

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