Em 2024, Moraes classificou Meta como ‘uma das maiores colaboradoras da Justiça’

A Meta, que nesta terça-feira, 7, anunciou o fim de seu programa de checagem de fatos e criticou os tribunais da América Latina, recebeu o destaque de “uma das maiores colaboradoras da Justiça Eleitoral” no Brasil pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A fala ocorreu em abril de 2024, durante sua candidatura a professor titular na Faculdade de Direito da USP.

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Moraes fez a declaração enquanto comentava sobre o WhatsApp, um dos produtos da empresa de Mark Zuckerberg. O magistrado afirmou que “o WhatsApp, a Meta, na verdade, que se diga, é uma das maiores colaboradoras da Justiça Eleitoral aqui no Brasil”, por reconhecer o potencial de desinformação e sua instrumentalização até as eleições de 2020.

Moraes defende responsabilização das big techs

Instagram, Facebook e WhatsApp
A Meta é proprietária das redes sociais Instagram, Facebook e WhatsApp | Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

Ainda na fala, Moraes defendeu a responsabilização das grandes empresas de mídia por conteúdos ilícitos em suas plataformas, especialmente quando há impulsionamento e monetização. A apresentação do trabalho acadêmico ocorreu em meio a embates com Elon Musk, dono do X.

Ele mencionou que, em reuniões com as big techs, ouviu que conteúdos com confrontos, brigas e coisas muito fofas geram mais audiência.

“Aquele cachorrinho que foi criado por uma galinha, o gato que alimenta o porquinho”, comentou o ministro, que concluiu: “Longe dos dois extremos, não há vida inteligente que sustente as redes sociais”.

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Em dezembro, Moraes elogiou a colaboração do WhatsApp nas eleições de 2022. Ele destacou que a plataforma reduziu o número de participantes de grupos quando detectava discursos de ódio e até bloqueou grupos, quando necessário.

Críticas de Zuckerberg, dono da Meta

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Zuckerberg afirmou que trabalhará com Trump para resistir a governos que, segundo ele, perseguem empresas e promovem censura. Ele criticou a falta de transparência nos tribunais da América Latina, que têm decisões secretas para remoção de conteúdos.

Essas críticas ecoam as de Musk, que acusou as decisões de Moraes de exigirem que plataformas atribuíssem bloqueios a violações internas, não a ordens judiciais. O dono do X enviou documentos do TSE ao Congresso dos EUA.

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