O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, dedicou parte desta sexta-feira, 10, para se debruçar sobre a recente decisão da Meta de encerrar o seu programa de checagem de fatos.
Depois de uma reunião com ministros de Estado e secretários de governo nesta manhã, Lula conversou por telefone com o presidente francês, Emmanuel Macron, sobre o anúncio realizado pelo dono da Meta, Mark Zuckerberg.
O petista reforçou seu apoio ao posicionamento de Macron sobre o tema. Em nota publicada na quarta-feira 8, o governo francês expressou sua “preocupação” com a decisão da empresa de “reavaliar a eficácia da verificação de fatos para conter a disseminação de informações falsas”.
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O Palácio do Planalto informou que durante a ligação com Macron, Lula “elogiou” o posicionamento da França. “Eles concordaram que liberdade de expressão não significa liberdade de espalhar mentiras, preconceitos e ofensas”, declarou.
“Ambos consideraram positivo que Brasil e Europa sigam trabalhando juntos para impedir que a disseminação de “fake news” coloque em risco a soberania dos países, a democracia e os direitos fundamentais de seus cidadãos”, afirmou o texto do Planalto.
Lula determina que AGU notifique a Meta
O presidente Lula realizou uma reunião nesta sexta-feira para debater a decisão da Meta de encerrar a checagem de dados. O petista determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) notifique a empresa para detalhar a decisão de Mark Zuckerberg.
A reunião ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Jorge Messias (AGU), Juscelino Filho (Comunicações) e Vinicius de Carvalho (Controladoria-Geral da União). Também participaram os secretários-executivos da Fazenda e da Justiça, Dario Durigan e Manoel Carlos de Almeida Neto, respectivamente.
Segundo o ministro da AGU, Jorge Messias, a Meta vai ser notificada extrajudicialmente. A empresa, responsável pelas redes sociais Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, vai ter 72 horas para “informar ao governo brasileiro qual é de fato a sua política para o Brasil”.
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