Integrantes do partido Otzma Yehudit (Poder Judaico) anunciaram que devem renunciar a seus cargos no governo de Israel devido ao acordo de cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas.
Em comunicado divulgado neste sábado, 18, o partido chamou o tratado de “imprudente”. De acordo com a sigla, o acordo vai liberar “centenas de assassinos com o sangue de homens, mulheres e crianças em suas mãos”. Eles se referem aos prisioneiros palestinos que devem soltos das prisões de Israel em troca dos reféns em Gaza.
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O partido disse ainda que o cessar-fogo equivaleria à “perda” das conquistas militares israelenses na guerra.
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, o ministro do Desenvolvimento da Periferia, Yitzhak Wasserlauf, e o ministro do Patrimônio, Amihai Eliyahu, devem apresentar suas cartas de renúncia ainda na manhã deste domingo, 19.
A saída do Otzma Yehudit, que faz parte coalizão governamental do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, não é suficiente para derrubar o governo.
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O premiê afirmou que o acordo permite retomar ações militares caso o Hamas não cumpra suas obrigações no tratado.
Pouco depois da declaração de Netanyahu, Ben Gvir emitiu outro comunicado. “Dado que o Hamas ainda não foi derrotado, está claro que devemos retornar à guerra — e, portanto, isso não deve ser condicional”, afirmou.
Acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas entrou em vigor
Depois de um atraso de quase três horas, o cessar-fogo entre Israel e Hamas entrou em vigor neste domingo. O início do acordo precisou ser adiado depois de o grupo terrorista demorar para divulgar a lista das primeiras reféns que serão libertadas da Faixa de Gaza.
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O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou mais cedo que a trégua não começaria sem a entrega da lista. O Hamas justificou a demora por “razões técnicas”.
O cessar-fogo estava previsto para iniciar às 8h30 no horário local (3h30 em Brasília), mas só entrou em vigor às 11h15 (6h15 em Brasília). Com o atraso, as Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram ataques aéreos em Gaza.
Depois de receber a lista, o governo de Israel anunciou que a trégua entraria em vigor e que o resgate das reféns ocorreria às 16h, horário local (11h, em Brasília). Outros quatro reféns devem ser liberados nos próximos sete dias.
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