Trump diz que vai usar Baía de Guantánamo para deter imigrantes

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, nesta quarta-feira, 29, que vai assinar um decreto para autorizar o Pentágono e o Departamento de Segurança Interna a preparar uma instalação para imigrantes na Baía de Guantánamo, em Cuba. O local vai ter capacidade para 30 mil pessoas.

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A base naval servirá para “conter os piores criminosos estrangeiros ilegais que ameaçam o povo norte-americano”, disse Trump, na Casa Branca. “Alguns deles são tão maus que nem sequer confiamos nos países para os deter, porque não queremos que voltem. Então vamos mandá-los para Guantánamo.”

A nova instalação em Guantánamo

A base de detenção dos EUA em Guantánamo, na costa cubana, foi estabelecida em 2002 pelo então presidente George W. Bush para manter suspeitos de militância estrangeira depois dos ataques de 11 de setembro de 2001.

O local já serviu para deter imigrantes, incluindo haitianos nos anos 1980 e 1990. O governo Biden também manteve imigrantes no local para reassentamento em outros países.

A nova instalação quase dobraria a capacidade do Serviço de Imigração e Alfândega, que já opera no limite da lotação. A equipe de Trump considera o número atual insuficiente para a maior deportação planejada pelo presidente.

O governo pretende ampliar a estrutura existente com novas habitações temporárias. O assessor da Casa Branca, Tom Homan, afirmou que “cada instalação, incluindo Guantánamo, terá os mais altos padrões de detenção”.

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Ainda não está definido por quanto tempo os imigrantes ficariam na instalação. A legislação proíbe detenções indefinidas se não houver possibilidade de deportação, o que pode afetar imigrantes de países como a Venezuela, cujo governo se recusa a aceitar deportados.

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