O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira, 5, que a equipe econômica já tem a “solução desenhada” para compensar a perda de arrecadação com a ampliação da tabela de isenção do Imposto de Renda (IR).
Haddad disse que a proposta de compensação deve ser apresentada a Lula “nas próximas semanas”. Questionado por Oeste sobre os detalhes, o ministro não quis adiantar a medida estabelecida para a compensação e nem os valores envolvidos.
“Nenhuma renúncia fiscal no Brasil pode ser feita sem compensação”, limitou-se a dizer. “Eu não posso adiantar, mas nós terminamos o desenho. Já está estabelecido.”
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O titular da Fazenda também sinalizou que a entrega da proposta para o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), também deve ocorrer nas próximas semanas.
“Isso vai acabar vindo nas próximas semanas”, disse. “Essa é uma reforma que queremos que tramite com a cautela e a transparência devida. Essa é uma lei mais simples, mas tem um impacto econômico relevante.”
Por fim, o ministro de Lula defendeu uma análise cuidadosa do Congresso Nacional com a proposta. “Como isso passa a ter vigência no primeiro de janeiro do ano que vem, a Câmara e o Senado têm que ter o tempo devido para analisar”, acrescentou.
Legislativo deve cooperar com Haddad para superar “desafio econômico”
Nesta manhã, Fernando Haddad entregou uma série de propostas elaboradas pela equipe econômica ao presidente da Câmara, Hugo Motta. O ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) também esteve presente.
Ao falar com a imprensa, Motta disse que vai conduzir a presidência da Casa com a “mesma postura” de quando era líder, mantendo uma “relação de lealdade”.
“Lealdade, não diria a agenda do governo, mas lealdade ao país”, alertou. “Lealdade de poder sempre, com muita franqueza, dizer o posicionamento que essa Casa tem sobre determinado tema. Nós ouviremos sempre o nosso colégio de líderes, dividiremos sempre essas responsabilidades e também não seremos nunca um presidente que estará criando algum fantasma ou algum obstáculo sem que ele verdadeiramente exista.”
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O presidente da Casa Baixa ainda disse que visa a “ajudar nessa agenda” proposta pelo governo, por ser “uma agenda de país”,
“O Brasil tem um grande desafio econômico para o ano 2025 e nada melhor do que essa cooperação entre o Poder Legislativo, o Poder Executivo, para que a agenda aqui seja priorizada e possamos entregar o melhor para a sociedade brasileira”, acrescentou.
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