O longa-metragem Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, perdeu o Critics Choice Awards de melhor filme internacional. A cerimônia foi realizada nesta sexta-feira, 7, em Santa Monica, nos Estados Unidos.
O filme protagonizado por Fernanda Torres foi desbancado por Emília Peréz.
A votação para a premiação ocorreu antes dos problemas envolvendo a atriz transexual Karla Sofía Gascón, cujas postagens polêmicas nas redes sociais vieram à tona nos últimos dias.
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Também disputavam na categoria de filme internacional o indiano Tudo que Imaginamos Como Luz, de Payal Kapadia; a animação letoniana Flow, de Glints Zilbalodis; o irlandês Kneecap, de Rich Peppiatt; e o alemão A Semente do Fruto Sagrado, do iraniano Mohammad Rasoulouf.
O Critics Choice Awards é considerado um dos indicadores para o Oscar, embora a base de votantes do prêmio não seja a mesma da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Neste caso, a votação reúne críticos e jornalistas especializados em cinema.
No Oscar, Ainda Estou Aqui disputa as categorias de melhor filme, melhor filme internacional e melhor atriz, esta última para Fernanda Torres.
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Fernanda Torres, de Ainda Estou Aqui, pede perdão por blackface
Fernanda Torres se tornou alvo de uma polêmica que tem circulado na imprensa norte-americana. Indicada ao Oscar de Melhor Atriz por Ainda Estou Aqui, a atriz pediu perdão por ter feito blackface em um quadro do Fantástico, há 17 anos.
Ela comentou a importância desse tipo de conteúdo não ser mais aceito nos dias atuais, mas destacou que essa discussão não era tão forte e disseminada na época em que a atração foi ar. Em entrevista ao portal Deadline, um dos tabloides mais conhecidos dos Estados Unidos, a artista pediu desculpa por sua performance.
“Há quase 20 anos, eu aparecia em blackface em uma esquete de um programa de TV brasileiro”, disse. “Eu sinto muito por isso. Estou fazendo esse comunicado, pois creio ser importante tocar nesse assunto e evitar mais dor ou confusão.”
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“Na época, apesar dos esforços dos movimentos negros, a consciência sobre a história do racismo e o simbolismo do blackface ainda não eram tão conhecidos”, afirmou a artista.
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