O Hamas entregou à organização Cruz Vermelha, na manhã desta quinta-feira, 20, os restos mortais de quatro reféns capturados pelo grupo terrorista. O ato faz parte do cessar-fogo, em vigor desde 19 de janeiro. As vítimas foram encaminhadas para Israel.
Os corpos pertenciam ao jornalista Oded Lifschitz, de 83 anos, e a três membros da família Bibas. Dessa forma, a família se tornou símbolo de resistência israelense diante das ações terroristas no Estado judeu.
Shiri Bibas e seus dois filhos, Ariel, de quatro anos, e Kfir, de apenas nove meses, foram sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. O caso ocorreu em Nir Oz, um kibutz localizado no sul de Israel.
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Em entrevista à edição desta quinta-feira, 20, do Jornal da Oeste, o major Rafael Rozenszajn, porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), explicou que o governo israelense ainda enfrenta dificuldades para identificar o corpo de Kfir, devido à falta de “circunstâncias adequadas” na preservação dos cadáveres.
“Os corpos estão sendo analisados para serem identificados pelo Instituto de Medicina-Legal de Israel”, disse o major. “Os corpos não são mantidos em circunstâncias adequadas . Um bebê de nove meses não tem arcada dentária para fazer essa identificação. Isso pode levar até 48 horas.”
O grupo terrorista também havia sequestrado Yarden Bibas, marido de Shiri. No entanto, o Hamas o devolveu com vida em 1º de fevereiro do ano passado.
Hamas quer acabar com o “mundo ocidental”
Segundo Rozenszajn, o grupo terrorista é responsável pelo sequestro de 251 pessoas. Dessas, 69 ainda permanecem como reféns na Faixa de Gaza. Nesse sentido, o major afirma que, até o momento, o movimento criminoso está focado em aniquilar o Estado de Israel. Contudo, a grande ambição do Hamas envolve todo o “Ocidente”.
“Temos que entender que, nesse momento, eles estão lutando contra Estado de Israel”, disse o porta-voz das FDI. “As o interesse do Hamas é acabar com a civilização, com o ‘mundo ocidental’.”
Por fim, a fala do porta-voz também se refere aos brasileiros que apoiam o Hamas. Para Rozenszajn, “resistência palestina” não pode classificar um grupo envolvido com sequestros, estupros e infanticídio.
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