O presidente do Paraguai, Santiago Peña, anunciou a retirada da candidatura de seu chanceler, Rubén Ramírez, ao cargo de secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). Segundo ele, “países amigos da região modificaram o acordo inicial” e decidiram “não acompanhar” a proposta paraguaia.
Ramírez tinha o apoio de governos de direita, como o do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Panamá e a Argentina também apoiaram o republicano.
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“Tomei a decisão de retirar a candidatura do ministro das Relações Exteriores, Rubén Ramírez Lezcano, um diplomata com uma longa carreira e merecido prestígio, não apenas regional, mas mundial”, declarou Peña, em nota oficial.
A votação para eleger o novo secretário-geral da OEA está marcada para 10 de março, na sede da organização em Washington, nos EUA.
Mudança de apoio e críticas do presidente do Paraguai
A decisão de Peña foi anunciada depois que Costa Rica, Equador e República Dominicana aderiram ao apoio a Albert Ramdin, chanceler do Suriname. Os países juntaram-se a Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai. O Itamaraty anunciou na terça-feira 4 que está ao lado da candidatura do surinamês.
O presidente paraguaio afirmou que sua candidatura buscava fortalecer a OEA, “com base em uma gestão moderna e eficiente, acima de interesses e ideologias particulares”. Ele destacou que a proposta teve grande aceitação entre diversos Estados-membros, mas que, “nos últimos dias e de forma abrupta e inexplicável, o Paraguai soube por países amigos” sobre a retirada de apoio.
Peña afirmou que o Paraguai “sempre baseou suas posições em princípios e valores elevados” e não mudaria sua postura por “uma eleição ou situação particular”. Ele também agradeceu aos governos que deram apoio à candidatura paraguaia.
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Já o bloco liderado pelo Brasil argumentou que Ramdin representa “um passo significativo” para a unidade regional e defendeu a rotação na liderança da OEA para garantir melhor representação geográfica.
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