O Hamas afirmou, nesta quarta-feira, 26, que reféns israelenses sob seu controle podem ser mortos caso Israel aumente os ataques aéreos na Faixa de Gaza. “Toda vez que a ocupação tenta resgatar seus prisioneiros à força, acaba os trazendo de volta em caixões”, disse o grupo terrorista, em comunicado.
Israel retomou os ataques a Gaza depois de o Hamas rejeitar uma proposta de cessar-fogo que previa a liberação imediata dos reféns. Os terroristas ainda mantêm 59 israelenses sob controle. Acredita-se que 24 ainda estejam vivos.
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No dia 20 de fevereiro, o Hamas entregou os restos mortais de quatro reféns, entre eles um bebê de 8 meses.

“Estamos fazendo todo o possível para manter os prisioneiros da ocupação vivos, mas o bombardeio sionista aleatório está colocando suas vidas em risco”, alega o grupo terrorista, segundo reportagem das agências de notícias AFP e Reuters.
Israel ameaça avanço territorial
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel pode ocupar territórios em Gaza caso o Hamas não liberte os reféns. “Quanto mais o Hamas continuar se recusando a libertar nossos reféns, mais poderosa será a repressão que exerceremos”, disse, no Parlamento. “Isso incluir tomar territórios e outras coisas.”
Já ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, reforçou a posição ao jornal The Jerusalem Post. “Quanto mais o Hamas persistir em sua recusa em libertar os reféns, mais território perderá, que será anexado a Israel”, declarou.
O ministro também mencionou o aumento dos bombardeios aéreos, navais e terrestres. Segundo Katz, o plano israelense inclui a evacuação de palestinos para o sul de Gaza.
Hamas pede mediação internacional
O grupo terrorista informou que negocia com mediadores para interromper os ataques israelenses. O porta-voz Abdul Latif Al-Qanou afirmou ao Centro de Informações Palestino que o grupo segue comprometido com a estrutura original do cessar-fogo e quer que os mediadores “obriguem” Israel a aderir ao acordo.
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“Estamos trabalhando com mediadores para poupar nosso povo da guerra permanentemente”, disse Al-Qanou. Ele também pediu apoio da Liga Árabe e da Organização de Cooperação Islâmica.
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