Estamos tão dependentes do WhatsApp que ele parece que vai durar para sempre em nossas vidas. Mas o rival Signal está em ascensão.
Embora ainda pouco conhecido, o Signal já tem dez anos. Foi criado nos EUA e sua principal atração é que todas as mensagens são criptografadas num nível mais profundo que os da WhatsApp. Pelo seu foco em privacidade, o Signal foi definido pelo Wall Street Journal como um “instrumento favorito para dissidentes, jornalistas e a elite de Washington”.
A fama do Signal cresceu quando um grupo de elite do governo Donald Trump discutiu os detalhes da estratégia de ataque aos Houthis, no Iêmen através do aplicativo. Sua escolha revelou a confiança na segurança do Signal. A conversa só foi vasada porque o editor da revista Atlantic estava incluido por acidente no grupo.
O Signal funciona ao mesmo tempo como aplicativo de mensagens, mas também tem a capacidade de divulgar stories, como o Instagram. É gratuito e pede apenas o nome e o número de celular do usuário.
O aplicativo já foi usado na organização de diversos movimentos políticos de resistência. Segundo a Wikipedia, em 2016 o Egito bloqueou o acesso ao Signal. A empresa então desenvolveu um serviço chamado “domain fronting” que funciona como uma espécie de VPN – ele disfarça a fonte do sinal, tornando impossível para regimes ditatoriais bloquear o serviço. O domain fronting é adotado no Egito, Emirados, Oman, Qatar, Irã, Cuba, Uzbesquistão e Ucrânia. Irã, China, Rússia, Turquia e Venezuela bloquearam o acesso ao Signal. Por outro lado, por sua privacidade, o aplicativo já foi usado por grupos terroristas como o ISIS.
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