Sem mencionar grupos terroristas, governo Lula volta a criticar Israel

O governo Lula voltou a criticar Israel pela guerra do Oriente Médio. Em nota publicada por meio do Itamaraty, a gestão petista “condenou” ações militares do país judaico nos subúrbios ao sul de Beirute, no Líbano, na sexta-feira 28.

Um bombardeio atingiu a capital libanesa depois de uma evacuação do bairro realizada pelo Exército de Israel. De acordo com a agência de notícias Reuters, o alvo da ação era uma instalação de armazenamento de drones na área pertencente ao grupo terrorista Hezbollah.

“O governo brasileiro condena os bombardeios israelenses realizados ontem, dia 28, em Beirute e no Sul do Líbano, assim como o lançamento de foguetes a partir do Líbano contra o território israelense, ambos em violação ao acordo de cessar-fogo de 26 de novembro”, declarou o governo brasileiro, em nota.

O Ministério das Relações Exteriores ainda disse expressar “forte preocupação com essa recente escalada de violência e com as violações sistemáticas do cessar-fogo”.

+ Leia mais notícias de Política em Oeste

“O Brasil conclama as partes envolvidas a exercer máxima contenção e a cumprir, integralmente, os termos do referido acordo e as obrigações previstas na Resolução 1701 do Conselho de Segurança, incluindo a plena retirada das tropas israelenses do Sul do Líbano”, finalizou o texto. 

Lula critica plano de Trump para cessar guerra entre Israel e Faixa de Gaza

No mês passado, Lula criticou o plano anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de assumir o comando da Faixa de Gaza é “praticamente incompreensível”.

“Os Estados Unidos participaram do incentivo a tudo que Israel fez na Faixa de Gaza”, disse Lula em entrevista a rádios de Minas Gerais. “Então, não faz sentido se reunir com o presidente de Israel e dizer: ‘Nós vamos ocupar Gaza, vamos recuperar Gaza, vamos morar em Gaza.’ E os palestinos vão para onde, onde vão viver? Qual o país deles?”

Lula voltou a falar que as ações do Exército de Israel configuram um “genocídio” na Faixa de Gaza. “Sinceramente, não sei se os Estados Unidos, que fazem parte de tudo isso, seriam o país para tentar cuidar de Gaza”, declarou.

“Quem tem que cuidar de Gaza são os palestinos”, prosseguiu. “O que eles precisam é ter uma reparação de tudo aquilo que foi destruído, para que possam reconstruir suas casas, hospitais, escolas, e viver dignamente com respeito.”

Ainda durante a entrevista, o presidente brasileiro defendeu a criação do Estado Palestino, “igual o Estado de Israel” para “estabelecer uma política de convivência harmônica, porque é disso que o mundo precisa”.

O post Sem mencionar grupos terroristas, governo Lula volta a criticar Israel apareceu primeiro em Revista Oeste.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.