OMS vai cortar orçamento em 20%, depois da saída dos EUA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) se prepara para enfrentar um corte de 20% em seu orçamento depois da saída dos Estados Unidos como seu principal doador. O diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus confirmou a informação aos funcionários da OMS, em um e-mail ao qual a agência de notícias AFP teve acesso, neste sábado, 29.

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A agência de saúde perderá aproximadamente US$ 600 milhões, cerca de R$ 3,4 bilhões, de seu orçamento, em razão da retirada dos EUA.

Ao reassumir a presidência do país em janeiro de 2025, Donald Trump anunciou a saída dos EUA da OMS e congelou a ajuda externa. O republicano justificou sua decisão por uma diferença nas contribuições feitas por Washington e Pequim. No ciclo orçamentário bianual de 2022-2023, os EUA contribuíram com até US$ 1,3 bilhão, o que representou 16,3% do orçamento total de US$ 7,89 bilhões da OMS.

Impacto financeiro e ajustes no orçamento da OMS

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Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) | Foto: Reprodução/X

Além da saída dos EUA, a OMS enfrenta desafios financeiros pela redução na ajuda pública ao desenvolvimento de outros países, que priorizaram gastos com defesa. Em resposta, a agência de saúde já havia reduzido seu orçamento proposto para 2026-2027 de US$ 5,3 bilhões para US$ 4,9 bilhões. Agora, revisou a proposta para US$ 4,2 bilhões, uma queda de 21% em relação à inicial.

A maioria do financiamento norte-americano vinha de contribuições voluntárias para projetos específicos, em vez de uma participação fixa. Com a saída dos EUA, diversos programas específicos da OMS serão diretamente impactados. A OMS planeja aplicar cortes em todos os níveis, começando pelos altos dirigentes na sede, abrangendo todas as regiões e departamentos.

Essas medidas ocorrem num momento crítico para a OMS, que desempenha função na coordenação de respostas globais a crises de saúde e na promoção de assistência sanitária.

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A redução de recursos poderá limitar a capacidade da organização de responder a emergências e apoiar melhorias nos sistemas de saúde globais. Tedros Adhanom Ghebreyesus destacou a importância de garantir a continuidade dos programas essenciais, apesar das restrições financeiras.

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