Professores que aderirem à greve serão punidos, diz Ricardo Nunes

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP), anunciou que os professores da rede municipal que participarem da greve prevista para o dia 2 de abril estarão sujeitos a punições.

A paralisação foi aprovada em 27 de março durante assembleia da Aprofem, sindicato que representa os professores e funcionários municipais.

Os servidores reivindicam um reajuste salarial linear de 12,9%, a elevação do piso salarial para todos os profissionais da educação e o fim do desconto de 14% aplicado às aposentadorias e pensões.

Na manhã desta segunda-feira, 31, Nunes afirmou que pretende descontar dos salários dos educadores os dias em que não trabalharem devido à greve.

Nunes critica greve e promete punições

Ele declarou não haver justificativa plausível para a paralisação neste momento e mencionou que a ação tem motivação política.

“Não existe razoabilidade numa atitude como essa”, disse. “Esse é um serviço essencial. As pessoas que forem utilizar essa prática para fazer política partidária, nós vamos descontar.”

Nunes ressaltou que a data-base para negociações salariais da categoria é 1 de maio e que as reivindicações estão em discussão com o Executivo municipal.

Ele mencionou a realização de um concurso público que convocou 16 mil novos professores. Nunes também afirmou que está monitorando a situação para punir aqueles que utilizarem tais ações contra a educação e as crianças.

Pressão na rede estadual

Tarcísio
Docentes querem que Tarcísio contrate mais profissionais efetivos e aumente o piso salarial da categoria | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Na rede estadual, os professores dever iniciar uma greve em 25 de abril, pressionando o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) a contratar mais profissionais efetivos, aumentar o piso salarial da categoria e apresentar um plano de climatização para as escolas.

O Ministério Público ingressou com duas ações civis públicas nesta semana para obrigar o governo estadual a reforçar o quadro de profissionais da educação. Os educadores estaduais exigem que o governo de São Paulo passe a cumprir o piso salarial nacional dos professores.

Atualmente, os docentes recebem uma bonificação para atingir o mínimo estabelecido pelo governo federal, o que significa que esses valores não são incorporados ao cálculo de férias e aposentadoria.

Além disso, a categoria solicita um plano para climatizar as escolas estaduais. De acordo com o Censo Escolar de 2023, apenas 2,7% das salas de aula da rede estadual são climatizadas. A Secretaria de Educação, no entanto, afirma que 13% das escolas já possuem climatização.

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