Juscelino Filho, que ficou mais conhecido pela frequência no noticiário político-policial do que pelo trabalho no Ministério das Comunicações, foi demitido. Ele retorna à bancada do União Brasil na Câmara dos Deputados, um daqueles partidos que nasceu para ser governo, independentemente do espectro ideológico. Para legendas assim, o que vale é o quinhão no Orçamento — leia-se emendas parlamentares para distribuir em redutos eleitorais. Foi por mau uso dessas emendas que Juscelino foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República e agora vai responder ao Supremo Tribunal Federal.
No STF, quem vai analisar o caso do maranhense Juscelino é o maranhense Flávio Dino. Aliás, nos corredores do Congresso, nunca foi segredo que o fiador da permanência dele na pasta era Dino, diante da enxurrada de desvios de conduta nos últimos anos. Quem deve substitui-lo na cargo, já que o União Brasil quer continuar na Esplanada, pelo menos até abril do ano que vem, quando a torneira do Orçamento fecha? Resposta: o maranhense Pedro Lucas.
Pedro Lucas foi uma espécie de secretário de Dino no governo do Maranhão — presidiu a Agência Executiva Metropolitana, responsável por mobilidade, coleta de lixo e saneamento. Jovem, ele foi nomeado para esse posto na época quando era vereador de São Luís. Dino é seu padrinho político no Estado, embora o pai, Pedro Fernandes, também exerceu mandato de deputado.
O site do ministério diz que cabe à pasta gerenciar as áreas de telecomunicações, radiodifusão e serviços postais (Correios, por exemplo). Dino hoje veste toga, mas o Ministério das Comunicações parece ser sua cota no governo.
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