Prefeitura de São Paulo cancela evento que pregaria o fim de Israel

A Prefeitura de São Paulo cancelou um evento que pregaria o fim de Israel e que seria realizado neste sábado, 12, em uma instituição municipal, o Centro Educacional Unificado (CEU) Luiz Melodia, em São Miguel Paulista.

O cancelamento ocorreu depois de Oeste denunciar a iniciativa para a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e para a vereadora Cris Monteiro (Novo).

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Assim que tomaram conhecimento, Fisesp e Monteiro entraram em contato com o secretário municipal de Educação, Fernando Padula Novas, e pediram providências, com o argumento de que se tratava de um ato antissemita.

A iniciativa seria conduzida pela Feredação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) e faria parte de um círculo de debates promovido pelo Cursinho Sabotage, do rapper que leva este apelido. O anúncio de apresentação do evento tinha o mapa de Israel coberto com a bandeira da Palestina e terminava com o slogan “Palestina livre do rio ao mar!”

O debate, denominado Palestina: História e Hoje, seria comandado pelo presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), Ualid Rafah.

O presidente executivo da Fisesp, Ricardo Berkiensztat, contatou o secretário municipal de Educação, Fernando Pádula Novaes, para alertá-lo sobre o caráter antissemita do evento.

A secretaria, então, segundo Berkiensztat, cancelou o evento.

“Recebemos há pouco uma mensagem do secretário de educação informando que a cessão do espaço do CEU será cancelada em virtude do teor antissemita do evento”, afirmou Berkiensztat a Oeste . “Agradecemos a atitude do secretário e sua equipe.”

“Mostramos a ele nossa preocupação com o referido evento”, prosseguiu o presidente executivo da Fisesp. “Quando um evento coloca em título a expressão ‘Palestina livre do rio ao mar’, pressupõe a eliminação do Estado de Israel e de seus 8 milhões de habitantes. Isto é uma provocação antissemita.”

Evento em local da Prefeitura contra Israel

O gabinete da vereadora Cris Monteiro também enviou um ofício à Secretaria Municipal de Educação, em que pediu o cancelamento do evento, ao ressaltar que, se realizado, seria uma desobediência à Constituição Federal.

“O evento antissemita organizado por um cursinho popular que utiliza o espaço do CEU não deve acontecer em uma área pública municipal, pois este evento fere a legislação brasileira com fundamento nas disposições da Constituição Federal de 1988, em especial nos artigos 5º e 170, e na Lei nº 7.716/1989 que corre sobre questão de crime de racismo e manifestações discriminatórias”, relatou a vereadora no documento. “Portanto, solicito que esta secretaria intervenha no evento para garantir o cumprimento da lei.”

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“É inadmissível que, mais uma vez, um espaço dedicado à formação do nosso futuro se transforme em palco para um evento antissemita que nega a existência do Estado de Israel”, afirmou a vereadora. “Acionei a Prefeitura para que o evento organizado pela Fepal, previsto para ocorrer no CEU Luiz Melodia, uma escola pública, seja cancelado.”

A Secretaria Municipal de Comunicação da Prefeitura de São Paulo ainda não enviou à reportagem a nota oficial com explicações sobre o ocorrido.

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