Físicos revelam ‘segredo’ para fazer o café coado perfeito

Pesquisadores descobriram uma técnica que pode aprimorar o preparo do café coado, intensificando seu sabor. A solução está em verter a água de uma altura considerável sobre o pó, o que pode ajudar a economizar grãos em meio ao aumento dos preços.

No Brasil, o custo do café subiu 66% nos últimos 12 meses, segundo o IPCA. Tradicionalmente, a água é despejada lentamente e em movimentos circulares sobre o café moído.

Entretanto, o estudo publicado na revista Physics of Fluids sugere que um fluxo contínuo e forte, em vez de lento e circular, melhora a extração do sabor.

Isso cria uma espécie de avalanche, fazendo com que o café moído circule e se misture de forma mais intensa, resultando em uma bebida mais forte.

Os bules certos para a técnica

Os bules “pescoço de ganso”, com bico curvado, são recomendados para essa técnica, pois permitem um controle preciso do fluxo de água.

Margot Young, coautora do estudo e pesquisadora da Universidade da Pensilvânia, explicou: “Se o jato for fino, ele tende a se desfazer em gotículas. É isso que você quer evitar em derramamentos, porque o jato não consegue misturar o café de forma eficaz”.

O Brasil é o segundo maior consumidor de café em termos absolutos, liderando no consumo per capita com cerca de 1.430 xícaras por pessoa ao ano.

Pesquisa sugere relação entre consumo de café e melhora na saúde mental

Grãos de café, ao lado da bebida pronta
Grãos de café, ao lado da bebida pronta | Foto: Diego Leite/Pixabay

Além da técnica ensinada pelos físicos, estudos recentes sugerem que o café, além de ser uma bebida popular nas manhãs dos brasileiros, pode ter um impacto positivo significativo na saúde mental. Quando consumido com moderação, ele funciona como um estimulante eficaz para o desempenho cognitivo e o equilíbrio emocional.

Pesquisas mostram que os mecanismos neuroquímicos fazem do café um aliado não apenas para quem busca mais energia, mas também para melhorar a memória e o humor. A cafeína, presente na bebida, atua como um “impostor”, pois ocupa no cérebro os receptores de adenosina, que sinalizam o cansaço.

Sem essa sinalização, os neurônios aumentam sua atividade e liberam neurotransmissores, como dopamina, noradrenalina e acetilcolina. Isso resulta em maior clareza mental, reflexos mais rápidos e foco aguçado em tarefas de curta duração.

No entanto, é essencial lembrar que o consumo excessivo pode provocar reações adversas. Pessoas com hipertensão, histórico de convulsões ou problemas cardíacos devem procurar orientação médica para definir a dosagem ideal.

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