8 de janeiro: defesa de idosa fala em ‘relatório fraudulento’ e denuncia caso à OEA

O advogado Luiz Felipe Cunha, que integra a defesa de Adalgiza Maria Dourado, acionou mais uma vez a Organização dos Estados Americanos para denunciar violação de direitos humanos.

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A idosa, de 65 anos, está detida no Presídio Femino do Distrito Federal, conhecido como Colmeia, em razão dos atos do dia 8 de janeiro de 2023. Cunha alega que Adalgiza tem sido vítima de “tratamento desumano” dentro da prisão. 

A nova denúncia se refere ao novo relatório médico que o presídio enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Cunha afirma que o documento é “fraudulento”.

Idosa presa pelo 8 de janeiro não recebe tratamento médico adequado

Cunha tem afirmado, por diversas vezes, que a custodiada não está recebendo tratamento médico adequado dentro da Colmeia. Por esse motivo, Moraes ordenou que o presídio, por meio de uma junta médica, atestasse o estado de saúde da idosa.

A administração do presídio atendeu ao pedido do ministro do STF e enviou o documento. Contudo, o laudo médico não foi assinado pela junta médica, conforme ordenou Moraes.

O documento foi assinado pela médica Raysa Taynara Vasconcelos e por mais duas pessoas que, segundo o advogado, não estavam presentes no momento do atendimento. Trata-se da psicóloga Eliude Fernandes Silva e de um enfermeiro, cujo nome não foi identificado.

“Vale ressaltar que, em 27 de setembro de 2024, a mesma psicóloga Eliude já havia atendido Adalgiza e registrado que ‘não havia indicação de transtorno depressivo na custodiada’”, afirma Cunha. “A declaração contraria os diversos laudos anteriores arquivados no prontuário, os quais atestam quadro persistente de depressão profunda e ideação suicida por enforcamento.”

Adalgiza compartilha cela com homicidas e traficantes 

Ainda segundo o advogado, a idosa não recebe atendimento médico e psicológico desde o dia 4 de outubro de 2024. Isso configura, de acordo com Cunha, “descaso e negligência no trato da saúde física e mental de uma pessoa sob custódia estatal”. 

Além de enfrentar os problemas de saúde, Adalgiza é obrigada a compartilhar a cela do presídio com homicidas e traficantes.

Adalgiza Maria Dourado, presa pelo 8 de janeiro, sente vergonha de estar no cárcere | Foto: Reprodução/Redes sociais
Adalgiza Maria Dourado, presa pelo 8 de janeiro, sente vergonha de estar no cárcere | Foto: Reprodução/Redes sociais

Cunha ainda afirmou que a idosa ocupa o mesmo espaço com uma criminosa que matou a própria filha. Conforme informou o advogado a Oeste, a mulher cometeu o crime “para ficar com o genro”.

Esse é um dos motivos que fazem Adalgiza sentir vergonha de estar presa. “Ela nunca precisou passar por uma ocorrência policial”, afirmou Célia Regina, irmã da idosa. Além disso, Célia disse que Adalgiza acorda todos os dias com vontade de morrer.

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