‘Evidências’: procurador cita música sertaneja em parecer

O procurador do Ministério Público de Contas da Paraíba (MPC-PB) Bradson Tiberio Luna Camelo citou a música “Evidências”, da dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó, para defender uma medida cautelar contra a Alanna Galdino, filha do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba e indicada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB).

Investigação do TCE-PB revelou que ela era funcionária fantasma e deve devolver R$ 647 mil em salários indevidamente recebidos.

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Segundo o procurador, Alanna Galdino cometeu improbidade administrativa. “Por fim, lembro de frase repetida reiteradamente por todos os conselheiros: esse Tribunal julga fatos, não pessoas! Como na célebre canção, aqui no Tribunal de Contas do Estado, não podemos negar as aparências e disfarçar as evidências, não podemos viver fingindo”, escreveu o procurador no parecer com data da última sexta-feira, 18.

Alanna Galdino foi indicada ao TCE-PB e teve o nome aprovado pela Assembleia Legislativa da Paraíba em 18 de março. Ela é filha do presidente da Casa Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos). A Justiça do Estado chegou a suspender a nomeação dela por indícios de nepotismo, mas a decisão foi revogada um dia depois.

Procurador quer barrar indicação de Alanna Galdino

O procurador do MPC-PB acusa Alanna, com base em uma auditoria do TCE-PB, de ter sido uma servidora fantasma quando trabalhou na Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag).

Além disso, o MP diz que a indicação fere a proibição do nepotismo em cargos públicos, já que o pai foi o responsável por conduzir a sessão que aprovou o nome dela para a Corte de Contas.

Sede do Tribunal de Contas da Paraíba (PCE-PB) | Foto: Divulgação/TCE-PB

Na representação, Bradson pede que a nomeação e a posse de Alanna sejam suspensas até que o pedido do MPC-PB seja julgado. O procurador também quer que o governador da Paraíba, João Azevedo (PSB), e dois secretários dele forneçam explicações sobre a suposta atuação de Alanna como “funcionária fantasma”.

Ao g1, o advogado de Alanna Galdino, Solon Benevides, disse que o parecer “repete os erros” da auditoria técnica do TCE-PB, que identificou indícios de que ela seria “funcionária fantasma”. Segundo ele, foram anexados documentos que comprovam a frequência no cargo e o cumprimento dos requisitos legais e constitucionais por parte de Alanna.


Redação Oeste, com informações da Agência Estado

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