Terminou, sem resposta, o prazo acertado entre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o líder do Partido Liberal, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), para um desfecho sobre a tentativa de construção de um acordo com ministros do Supremo Tribunal Federal em torno da anistia aos acusados de envolvimento no 8 de janeiro.
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A expectativa era que Motta se manifestasse até a última terça-feira, 15. Indagado por Oeste, Sóstenes disse que Motta ainda não lhe deu retorno sobre o acordo cogitado para absolver os envolvidos.
Na conversa com o presidente da Câmara, o líder do PL adiantou que não via o acordo como um caminho viável. Diante da defesa de Motta pelas tratativas com os magistrado, o silêncio é a resposta.
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Sóstenes também avalia que o principal entrave em torno da anistia é a pressão exercida sobre Motta por parte dos ministros do Supremo. O líder afirmou que ainda não sabe qual é a posição do chefe da Casa nesta semana e que levará o tema, novamente, ao colégio de líderes na quinta-feira.
“Não sei qual foi o resultado das conversas com os ministros”, disse o deputado. “Ele [Motta] me disse que apresentaria uma resposta até a última terça-feira. Resposta que não veio.”
Anistia na gaveta
Apesar de deputados já terem reunido assinaturas suficientes para garantir a tramitação em regime de urgência do projeto que concede perdão aos envolvidos no 8 de janeiro, a Câmara deve deixar a proposta fora das votações desta semana.
Sóstenes esperava, antes do feriado da Páscoa, que a matéria fosse levada ao plenário até a quinta-feira 24. Agora, o cenário é outro. O líder do PL chega a Brasília nesta segunda-feira, 21, e pretende reunir-se com colegas de bancada para “sentir a temperatura” e definir os próximos passos.
A falta de resposta de Hugo Motta e a indefinição sobre o andamento do projeto jogam nova pressão sobre o presidente da Casa.
“Falamos apenas uma vez desde que as assinaturas foram garantidas”, disse Sóstenes. “Não liguei para saber a posição dele naquele momento — apenas para informar sobre o protocolo da urgência. Ele agradeceu.”
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