Governo de São Paulo inicia remoção de famílias da Favela do Moinho

Na manhã desta terça-feira, 22, o governo de São Paulo deu início à remoção de moradores da Favela do Moinho, localizada nos Campos Elíseos, região central da capital paulista.

O processo é conduzido pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) do Estado de São Paulo. Essa ação faz parte de um esforço contínuo, que já conta com a adesão de 87% da comunidade.

Até agora, 719 famílias começaram o processo de adesão. Destas, 558 estão aptas a assinar contratos e receber as chaves de novas moradias assim que as unidades estiverem prontas.

A Favela do Moinho é a única favela situada no centro de São Paulo. A maior parte do terreno pertence à União, com a cessão da área ainda em negociação.

Desocupação e novas ofertas de moradia para moradores da Favela do Moinho

Na desocupação desta manhã, 11 famílias deixaram suas residências. No total, 821 famílias foram convidadas a participar do programa.

O governo oferece moradias em 25 empreendimentos e a possibilidade de buscar imóveis no mercado, financiados por meio de Carta de Crédito Individual.

Famílias cujas unidades da CDHU ainda não estão concluídas receberão auxílio mudança de R$ 2.400, além de um auxílio moradia mensal de R$ 800 a partir do segundo mês.

Contudo, a remoção enfrenta resistência de parte dos moradores, que têm protestado contra a demolição de suas casas.

Protestos e movimentações do Governo de São Paulo

Na sexta-feira 18, ocorreu uma manifestação significativa contra a presença de agentes da Polícia Militar. Durante a desocupação desta terça-feira, lideranças comunitárias contrárias à remoção realizaram um ato de protesto.

O governo estadual argumenta que a regularização da área é inviável devido a características como a localização entre linhas de trem, a área murada com uma única entrada, a alta densidade de moradias e a fiação exposta.

Para evitar novas ocupações, a CDHU planeja implantar o Parque do Moinho na área desocupada.

O governo de São Paulo anunciou a oferta de 1,5 mil novas moradias para os moradores da Favela do Moinho, contemplando todos que residem na região. O governo federal, por sua vez, passou a acompanhar o processo de remoção e solicitou informações sobre a política habitacional da gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

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