Homem recebe mais de R$ 2 mil em benefícios da Prefeitura de Niterói e desiste de trabalhar

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um morador de Niterói, no Rio de Janeiro, explicando por que prefere ficar desempregado. O motivo: os mais de R$ 2 mil que recebe em benefícios da prefeitura.


O cidadão revela que recebe mais de R$ 1 mil de aluguel social — um benefício que tem o objetivo de apoiar famílias de baixa renda no pagamento de aluguel de moradia. Apesar de receber R$ 1 mil referente ao aluguel social, o morador diz que já tem uma casa na cidade. Ou seja, o valor do auxílio é usado para outras finalidades.

Ele ainda ganha mais dois benefícios, de R$ 600 e de R$ 500, para compor a renda mensal. “Sem precisar trabalhar, sem precisar fazer nada”, ressalta o protagonista do vídeo.

Oeste entrou em contato com a Prefeitura de Niterói e aguarda resposta.

Drama além de Niterói

Esse caso é reflexo do drama econômico do país. Como mostram reportagens publicadas na Edição 261 da Revista Oeste, o assistencialismo é um dos fatores que contribuem para a falta de mão de obra.

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O editor-assistente Anderson Scardoelli mostra, por exemplo, que empresários queixam-se do fato de inúmeras pessoas preferirem ser parte das estatísticas de programas sociais a terem a responsabilidade de trabalhar. Reclamação que se sustenta em dados oficiais. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o Brasil fechou 2023 com 13 Estados tendo mais beneficiários do Bolsa Família do que trabalhadores com carteira assinada. O Maranhão liderou o inglório ranking, com 1,2 milhão de beneficiários e 640,5 mil empregados registrados. Para efeito de comparação, Santa Catarina apareceu na ponta inversa, com 234,3 mil beneficiários versus 2,3 milhões trabalhadores formais.

De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Brasil tem 103 milhões de pessoas trabalhando atualmente, 7 milhões de desocupadas (que buscam ativamente um emprego), 40 milhões abaixo da idade mínima para trabalhar e 66 milhões fora da força de trabalho. Como mostra o repórter especial Carlo Cauti, mais de um brasileiro a cada quatro não está procurando emprego ou simplesmente desistiu de qualquer tipo de atividade profissional.

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