Líder do PDT na Câmara defende Lupi: ‘Demiti-lo é demitir o partido’

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG), afirmou que uma possível demissão de Carlos Lupi do Ministério da Previdência seria equivalente à demissão do partido.

Em entrevista ao portal Poder360, ele disse que a legenda não deve, “de maneira alguma”, indicar um substituto caso Lupi seja realmente dispensado.

Heringer também afirmou que, mesmo se Lupi decidir pedir demissão, o PDT não deve indicar um novo nome para o ministério. Ele relembrou que era contra aceitar o cargo quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou o partido a assumir a Previdência, pois considera o ministério problemático e alvo de críticas constantes.

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“Não tem sentido a gente abraçar somente o ônus e não ter o bônus por apoiar o governo”, disse Heringer. “É o Ministério que só dá problema, que todo mundo só sabe julgar a culpa nele sobre tudo, inclusive punindo os aposentados brasileiros com reformas de Previdência.”

Desafios do PDT no governo e fraude no INSS

Alessandro Stefanutto, então presidente do INSS
Alessandro Stefanutto, presidente afastado do cargo no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) | Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal/Instagram

O líder do PDT expressou que a sigla busca um espaço maior no governo para promover suas políticas públicas. No entanto, atualmente enfrenta dificuldades com o Ministério da Previdência, que, segundo ele, se tornou um “patinho feio” responsabilizado por diversos problemas, especialmente em relação às “reformas que penalizam os aposentados”.

Na semana passada, a Polícia Federal deflagrou a Operação Sem Desconto, para investigar fraudes no INSS. Estima-se que um esquema tenha causado prejuízo de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Em razão disso, o então presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, está fora do cargo.

Segundo as investigações, entidades de classe realizavam descontos não autorizados nos benefícios de aposentados e pensionistas. A Controladoria-Geral da União (CGU) iniciou as apurações em 2023, depois de detectar um aumento nos descontos.

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Entre os possíveis crimes ligados ao caso, estão corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos. O governo orientou os beneficiários a verificarem seus extratos de pagamento e a solicitarem a exclusão de descontos indevidos através do aplicativo Meu INSS ou do site oficial do instituto.

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