Vaza Toga: sem confirmação de Tagliaferro, comissão do Senado adia audiência

A Comissão de Segurança Pública do Senado adiou a reunião marcada para ouvir o ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Eduardo Tagliaferro. O objeto da audiência é o desdobramento do escândalo chamado “Vaza Toga”. O encontro, previsto para esta terça-feira, 29, passou para o dia seguinte, quarta-feira 30.

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O motivo do adiamento foi a ausência de confirmação dos convidados. Principal esperado, Tagliaferro não confirmou presença até o momento.

Pedido de investigação

O requerimento para a audiência partiu do senador Eduardo Girão (Novo-CE). Ele propôs ouvir personagens ligados ao escândalo que envolveu o vazamento de mensagens atribuídas a integrantes do gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Girão
Eduardo Girão também menciona a inércia do Senado Federal diante de ações autoritárias no país | Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A lista de convidados incluiu o próprio Moraes, os juízes auxiliares Marco Antônio Martins Vargas e Airton Vieira, além dos jornalistas Sérgio Tavares e Glenn Greenwald, únicos confirmados até o momento.

Tagliaferro e a “Vaza Toga”

Girão justificou os convites com base em reportagens do jornal Folha de S.Paulo. Os textos revelaram que o gabinete de Moraes solicitou, por WhatsApp, pelo menos 20 relatórios de forma informal a integrantes de sua equipe. Os pedidos envolviam o STF e o TSE.

O conteúdo sugeriu o uso da máquina do Estado contra adversários políticos do governo federal durante o ciclo eleitoral de 2022. Segundo as mensagens, Moraes também tentou retaliar a Revista Oeste.

Depois dos vazamentos, a Polícia Federal abriu um inquérito. Eduardo Tagliaferro entrou na lista dos investigados. Em agosto de 2024, ele expressou o temor de sofrer represálias de Moraes. “Tenho medo”, disse o técnico.

Mensagens vazadas em 2025 também mostram outras declarações que se tornaram alvo do requerimento de Girão. “Se falar algo, o ministro me mata” e “antes de eu morrer tenho que contar tudo de Brasília”, disse o ex-assessor do TSE.

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