Kataguiri define greve de fome de Glauber Braga como um ‘teatro ridículo’

Na sessão que pode resultar no encaminhamento do processo de cassação de Glauber Braga (Psol-RJ) ao plenário da Câmara, o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) ironizou a greve de fome protagonizada pelo psolista neste mês. 

Nesta terça-feira, 29, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara analisa o recurso de Glauber Braga contra a decisão do Conselho de Ética de 9 de abril, que aprovou com 13 favoráveis a cassação do psolista – foram 5 votos contrários, sem nenhuma abstenção. 

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Ao defender o prosseguimento da cassação, Kataguiri definiu como um “teatro ridículo” a greve de fome de nove dias de Glauber Braga. Ele passou nove dias no plenário 5 da Casa, até conseguir um acordo com o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB).

“É a primeira greve de fome que eu vejo que o sujeito toma isotônico e ingere carboidrato”, declarou Kataguiri. “Poderia ter durado 30 anos essa greve de fome, que ele ainda sobreviveria. […] Ele se preocupou em criar um circo, uma plataforma para atacar os seus adversários políticos.”

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Kataguiri ainda disse que o parlamentar do Psol “não cumpre a sua própria palavra”: “Ele dizia que queria levar o processo direto para o plenário, que sequer apresentaria recurso à CCJ, mas talvez isso aí seja parte da negociação com o deputado Hugo Motta”.

“Mas já me adiantando a essa aprovação do recurso, eu já trouxe aqui um kit para o deputado Glauber Braga ficar de novo aí em outra greve de fome: Tem pantufa, tem gorro e tem gatorade”, ironizou o deputado.

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Kataguiri levou um kit para Glauber Braga | Foto: Divulgação/Equipe Kataguiri

Glauber Braga tentou agredir Kataguiri

O psolista enfrenta uma ação movida pelo Partido Novo depois de ter agredido com chutes Gabriel Costenaro, que na época era integrante do Movimento Brasil Livre (MBL). Na ocasião, o parlamentar do Psol também tentou agredir o deputado federal Kim Kataguiri.

Nesta terça-feira, o deputado do União citou o caso: “Não bastasse essa atitude de agredir um cidadão a pontapés e expulsá-lo da Câmara dos Deputados, depois, o deputado Glauber Braga parte pra cima de mim e eu nem sequer tinha dirigido a palavra a ele”.

“Ele vem, isso está no processo”, declarou. “Ele, assim como colegas de partido dele já fizeram e também alguns integrantes do Partido dos Trabalhadores – todos eles já felizmente condenados pela justiça, transitado em julgado e já com a indenização caindo na minha conta – me acusou de ser defensor do nazismo e por isso também responde o processo”, destacou. 

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O psolista partiu para cima de Kataguiri na ocasião | Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Kataguiri critica defesa do psolista

Ao finalizar a defesa da cassação de Glauber Braga, Kataguiri afirmou que “nenhum dos motivos que foram colocados” para justificar a agressão ao ex-militante do MBL “se sustentam”. 

“Mais do que isso, falam muito sobre o perigo de se criar um precedente”, prosseguiu. “Mas que perigoso criar um precedente em que deputado não pode sair na mão com outro. Que precedente absurdo é esse, em que um parlamentar não pode agredir um cidadão comum ou não pode agredir outro cidadão comum.”

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