A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi convocada para comparecer, na próxima quarta-feira, 7, na Comissão de Agricultura da Câmara. A integrante do alto escalão terá de explicar sua participação na marcha do Acampamento Terra Livre. Em abril, manifestantes indígenas fizeram um protesto na área externa do Congresso Nacional.
Conforme requerimento apresentado pelo presidente da comissão, deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), Marina Silva integrou a marcha do Acampamento Terra Livre, na qual “manifestantes romperam a linha de defesa da Polícia Militar do Distrito Federal, derrubaram os gradis e invadiram o gramado do Congresso Nacional.
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“As Polícias Legislativas Federais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal utilizaram agentes químicos para conter a invasão e impedir a entrada no Palácio do Congresso”, justificou Nogueira no requerimento. “Durante o ocorrido, inúmeros vídeos circularam mostrando que a ministra se encontrava na Esplanada dos Ministérios, em horário e momento próximos à tentativa de invasão.”
Segundo o parlamentar, é “necessário entender o que a ministra fazia no local e se, de alguma forma, estava envolvida ou fomentando o ato ou qualquer conduta correlata”.
Nogueira também quer que Marina Silva informe quais medidas o Ministério do Meio Ambiente está adotando para “mitigar” o aumento dos focos de incêndios. Ele cita que o Brasil registrou, no ano passado, o maior patamar de queimadas desde 2010: foram 278.229 casos, representando um crescimento de 46% em relação a 2023.
Marina Silva vai ter que explicar obras da COP30
A ministra de Lula também vai ter que prestar esclarecimentos ao colegiado sobre a construção de uma nova rodovia em Belém (PA), planejada para recepcionar a COP30, em novembro deste ano.
Conforme requerimento do deputado Evair de Melo (PP-ES), em preparação para o evento, “está em andamento a construção de uma rodovia de quatro pistas, com 13 quilômetros de extensão, que atravessa uma área protegida da Amazônia”.
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De acordo com o parlamentar, a obra gera “preocupações significativas devido ao seu potencial impacto ambiental”, sobretudo pelo desmatamento de áreas “sensíveis e a fragmentação de habitats essenciais para a biodiversidade local”.
“A construção dessa rodovia tem sido objeto de controvérsias, com relatos de que a obra estaria sendo acelerada para atender às demandas de infraestrutura da COP30”, argumentou. “No entanto, o governo do estado do Pará nega qualquer ligação direta entre o projeto da rodovia e a preparação para a conferência, afirmando que a construção teve início em 2020, antes da seleção de Belém como cidade-sede, e que segue o traçado de uma linha de transmissão existente através de uma área de floresta protegida.”
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