O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou o pedido de suspensão cautelar do mandato do deputado Gilvan da Federal (PL-ES), em decorrência de supostas ofensas à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
O requerimento enviado na quarta-feira 30, pela Mesa Diretora da Casa, deve ser analisado pelo Conselho de Ética em até três dias úteis. Motta afirma que a imagem da Câmara foi “inegavelmente maculada” por Gilvan da Federal.
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O caso que pode levar à suspensão do mandato de Gilvan da Federal ocorreu em audiência da Comissão de Segurança Pública, na terça-feira 29. Na ocasião, o parlamentar se referiu à ministra como “amante”, codinome dela na lista de políticos citados no escândalo da Odebrecht.
A fala ocorreu durante uma discussão com o o líder do PT na Câmara e companheiro de Gleisi, Lindbergh Farias (RJ). O parlamentar do PL disse que a “amante” deveria ser “uma prostituta do caramba”.

“As falas do representado excederam o direito constitucional à liberdade de expressão, caracterizando-se abuso das prerrogativas parlamentares, além de, repise-se, ofenderem a dignidade da Câmara dos Deputados, de seus membros e de outras autoridades públicas”, afirmou Motta no requerimento.
O presidente da Câmara declarou que, “para além da honra e da imagem da ministra Gleisi Hoffmann, a honra objetiva do Parlamento foi inegavelmente maculada pela conduta do representado”.
Gilvan da Federal recorre a Altineu Cortês
Depois da recomendação de Hugo Motta, o deputado Gilvan da Federal procurou o 1° vice-presidente da Casa, Altineu Cortês (PL-RJ). A informação foi apurada por Oeste.
Gilvan da Federal e Altineu estiveram reunidos na tarde de quarta-feira 30, na Câmara. O 1° vice-presidente deve interceder pelo parlamentar da bancada, conversando com o Motta e Lindbergh. O objetivo é evitar uma futura cassação.
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Esse não é o primeiro episódio de tumulto protagonizado por Gilvan da Federal. No início de abril, ele declarou, na Comissão de Segurança Pública da Câmara: “Por mim, eu quero mais é que o Lula morra”.
“Eu quero que ele vá para o quinto dos inferno [sic]. É um direito meu. Não vou dizer que vou matar o cara, mas eu quero que ele morra. Quero que ele vá para o quinto dos infernos, porque nem o diabo quer o Lula. É por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer… tomara que tenha um ataque cardia [sic]. Porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando nosso país.”
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