A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) solicitou licença do Senado Federal para realizar uma diligência externa e visitar presos ligados aos atos de 8 de janeiro, detidos em Buenos Aires, na Argentina.
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O requerimento para a viagem recebeu aprovação da Comissão de Direitos Humanos, da qual Damares é presidente. O objetivo da parlamentar é acompanhar a situação desses detentos.
Outra intenção é produzir um relatório detalhado sobre as condições de detenção e compartilhar esses dados com parlamentares internacionais, de modo a ampliar a visibilidade e o debate sobre o tema em âmbito global.
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado fará diligência para visitar os presos do 8 de janeiro que estão encarceirados na Argentina.
Mas sabe qual o absurdo? Conseguimos autorização da Argentina para visitar os presos políticos, mas no Brasil um certo ministro não… pic.twitter.com/c9ULceWtqj
— Damares Alves (@DamaresAlves) May 7, 2025
Damares justificou o pedido sob o destaque de que cerca de 200 pessoas permanecem presas em condições as quais classificou como “desumanas, com relatos de abusos e violações de direitos humanos”. Na Argentina, no Complexo Penitenciário I, em Ezeiza, estão cinco brasileiros que fugiram do Brasil depois de participarem dos atos na Praça dos Três Poderes.
Damares aguarda autorização de Moraes, do STF
A realização da viagem depende, porém, da autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele centralizou as decisões sobre visitas a presos, anteriormente competentes das varas de execução penal.
No mês passado, Damares cobrou publicamente Moraes para liberar as visitas. “Impedir que uma comissão de direitos humanos visite presos será inédito no Brasil”, afirmou. “E o que queremos é produzir relatório, inclusive para compartilhar com parlamentares do mundo inteiro.”
Leia também: “O preço da liberdade nas mãos do STF”, reportagem de Cristyan Costa publicada na Edição 267 da Revista Oeste
Estima-se que cerca de 200 pessoas ainda estejam privadas de liberdade em decorrência dos atos do 8 de janeiro, com relatos de abusos e violações dos direitos humanos.
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