O Conselho da Justiça Federal (CJF) confirmou, nesta quarta-feira, 7, o afastamento do desembargador Guilherme Diefenthaeler do Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2). O magistrado estava afastado cautelarmente desde março deste ano. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
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O afastamento é resultado de denúncias que envolvem assédio moral e sexual contra funcionárias do gabinete do desembargador. Tais acusações foram fundamentadas em diversos depoimentos que detalham comportamentos considerados inadequados por parte de Diefenthaeler.
Processo administrativo contra Guilherme Diefenthaeler
Por unanimidade, o CJF decidiu instaurar um processo administrativo disciplinar contra o desembargador. Além disso, os autos do caso foram encaminhados ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, para avaliação e possíveis providências na esfera penal.
Diefenthaeler tomou posse do cargo em 2012, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). No começo deste ano, o magistrado foi o relator do processo que envolveu a família Bettim.
Desembargador manteve decisão para desapropriar a família Bettim
Depois de tomar posse, o desembargador manteve a decisão da Justiça do Espírito Santo para desapropriar a fazenda da família Bettim.
Antes de assumir o caso, algumas decisões de Diefenthaeler já haviam repercutido na imprensa. Em 2020, por exemplo, a mídia repercutiu que o desembargador considerou exorbitante o valor de R$ 100 mil para indenizar as mães de três rapazes assassinados no Rio de Janeiro.
O caso ocorreu em 2008, quando os jovens foram sequestrados por 11 militares no Morro da Providência. Os soldados levaram os rapazes até o Morro da Mineira e os entregaram a traficantes, que torturaram e mataram os três. As famílias processaram a União pelos assassinatos.
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