A Polícia Civil do Rio de Janeiro (RJ) investiga uma denúncia de que moradores de um condomínio em Madureira, na zona norte da cidade, estariam sendo pressionados a pagar uma taxa mensal de R$ 1.800 a traficantes da comunidade São José. Parte do Complexo da Serrinha, a área controlada pela facção Terceiro Comando Puro (TCP).
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Com o objetivo de discutir o pagamento, o síndico do condomínio convocou uma assembleia geral extraordinária para o dia 13 de maio de 2023. No ofício enviado aos moradores, o condomínio apresenta a medida como uma forma de evitar invasões e assaltos, que teriam ocorrido em prédios que se recusaram a pagar a denominada “taxa de segurança”.
A prática de extorsão por grupos armados em áreas dominadas por facções é comum no Rio de Janeiro. Em 2020, traficantes do mesmo complexo passaram a cobrar até R$ 4 mil mensais de estabelecimentos comerciais, uma prática típica de milícias.
Investigação da Polícia Civil do RJ

De acordo com a Polícia Civil, a investigação vai ficar a cargo da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco). O grupo deve instaurar um inquérito, e o síndico do condomínio, cujo nome não foi divulgado por razões de segurança, vai ser chamado para prestar depoimento nos próximos dias.
Os líderes do tráfico no Complexo da Serrinha têm histórico de extorsão contra comércios, empresas e moradores da área. Eles são Wallace Brito Trindade, conhecido como “Lacoste”, e William Yvens da Silva, o “Coelhão”.
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