Sindicato manifesta repúdio a declarações de Rui Costa sobre CGU

O Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical) divulgou nota de repúdio às declarações do ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre a atuação da Controladoria-Geral da União (CGU) e de seu corpo técnico na fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No documento, divulgado na quinta-feira 8, a entidade pede a retratação imediata do ministro.

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A nota foi divulgada em resposta às declarações de Rui Costa ao jornal O Globo, em que critica o chefe da CGU, Vinicius Carvalho, pela forma como a investigação sobre as fraudes do INSS foi conduzida pelo órgão. Segundo Costa, o papel da Controladoria “é impedir o crime”, e não “apurar o crime”, como o da Polícia Federal.

“As falas do ministro revelam profundo desconhecimento das atribuições legais da CGU e do processo de auditoria interna, além de configurarem grave ofensa ao corpo técnico do órgão — que, mesmo com um dos menores orçamentos da Esplanada e enfrentando déficit de pessoal, atua com profissionalismo e compromisso com o interesse público”, diz o sindicato.

Segundo a entidade, as declarações de Rui Costa configuram grave ofensa ao quadro funcional e à própria CGU que “mesmo com um dos menores orçamentos da Esplanada dos Ministérios, e diante de um amplo déficit de pessoal, atuam com profissionalismo e dedicação para garantir que cada centavo arrecadado dos contribuintes se converta em serviços públicos de boa qualidade, além de atuarem de forma incansável no enfrentamento à corrupção — como no caso da referida operação”, diz o documento.

Em nota de repúdio, sindicato rebate Rui Costa e reafirma alertas sobre indícios de fraude

Na nota de repúdio, o Unacon Sindical também relata que “em 2024, foram emitidos alertas e recomendações ao INSS para aprimorar o gerenciamento de consignados em folha”. “Naquele momento, a CGU já tinha identificado que um a cada quatro contratos apresentava indícios de irregularidades, incluindo fraudes e averbações realizadas sem autorização dos beneficiários. Contudo, era necessário aprofundar análises para a devida constatação das fraudes. Foram realizadas ao menos seis reuniões com o corpo técnico do INSS, nas quais não apenas foram reiterados os alertas, como também foram examinados processos visando à ampliação do escopo da auditoria”, explicita a nota.

A entidade sindical termina a nota com a exigência de uma retração imediata pelo “ataque irresponsável” de Rui Costa que “fragiliza o Estado democrático de direito e coloca em risco os instrumentos legítimos de defesa do patrimônio público”.

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