A Secretaria de Comunicação da Presidência do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, sob a direção de Sidônio Palmeira, decidiu não responder diretamente ao vídeo de Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
De acordo com o jornal O Globo, a decisão foi discutida em conversas reservadas, evitando acusações de formar um novo “gabinete do ódio”.
Este termo foi cunhado no governo de Jair Bolsonaro para descrever a equipe de assessores presidenciais, incluindo Carlos Bolsonaro, acusados de atacar adversários políticos.
Medidas planejadas pela Secom

Em vez de confrontar o vídeo diretamente, a Secom está focada em informar os aposentados sobre a recuperação de valores desviados pelo INSS.
A comunicação visa a esclarecer que as irregularidades não começaram no governo Lula, mas foram herdadas da administração anterior, empenhando-se em resolver esses problemas.
Já o Partido dos Trabalhadores distribuiu uma cartilha de 30 páginas a seus deputados intitulada “Desmentido Nikolas Ferreira – INSS”. A abordagem foi alinhada com o Palácio do Planalto, que considerou que a resposta deve vir dos deputados da base governista.
Ao evitar resposta a Nikolas, governo quer fugir de acusações de “ataque político”
A decisão de não dar uma resposta direta também está ligada à preocupação com a imagem pública da Secom, evitando que qualquer reação seja vista como um ataque político.
Assim, a tarefa de responder às críticas de Nikolas foi delegada aos aliados de Lula no Congresso Nacional.
Integrantes do Partido dos Trabalhadores, como Lindbergh Farias (PT-RJ), gravaram vídeos para rebater Nikolas, mas o alcance foi menor que o do deputado, que obteve mais de 100 milhões de visualizações em dois dias.

A melhor performance entre os aliados de Lula foi a do deputado André Janones (Avante-MG), que publicou um vídeo no dia seguinte à operação da PF — portanto, antes do vídeo de Nikolas. A postagem dele teve 3,7 milhões de visualizações até a sexta-feira 10.
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