Refém libertado pelo Hamas encontra a família em Israel

O refém Edan Alexander, de cidadania norte-americana e israelense, foi libertado nesta segunda-feira, 12, pelo grupo terrorista Hamas. Ele já se encontrou com a família depois de 584 dias em cativeiro.

“Você está bem, você está seguro, você está em casa”, declararam as Forças de Defesa de Israel (FD) pelas redes sociais.

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A negociação para o retorno dele não teve a participação direta do governo de Israel. Desta maneira, os Estados Unidos (EUA) buscaram contornar a situação para garantir que o objetivo de libertar os outros reféns (um total de 59) é prioritário.


Depois de conversar pelo telefone com o presidente Donald Trump e de encontro com o representante norte-americano no Oriente Médio, Steve Witkoff, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enviará delegação para as negociações de reféns em Doha na terça-feira 13.

“É o começo do fim desta guerra terrível”, disse Witkoff, inspirado no ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill, que, no momento em que as tropas aliadas invadiram a Normandia, na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), declarou: “Agora, isto não é o fim. Nem sequer é o começo do fim. Mas é, talvez, o fim do começo.”

O retorno de Edan, no entanto, não pode ser desvinculado da influência de Trump, que levou muitos em Israel a temerem pelo destino dos outros reféns cuja nacionalidade não é norte-americana.

Sua libertação foi vista como um gesto do Hamas para agradar o presidente dos EUA. Witkoff estava presente ao lado da família, acompanhando de perto a ansiedade dos pais de Edan no momento do reencontro.

Trump visitará o Oriente Médio entre as próximas terça-feira 13 e sexta-feira 16, mas não passará por Israel. Seus destinos serão a Arábia Saudita e os Emirados Árabes.

A situação israelense, no entanto, será uma espécie de pano de fundo, já que, na pauta, discussões sobre a paz entre Israel e os sauditas, além de estratégias para um acordo nuclear com o Irã, encabeçam a lista de temas importantes.

Edan é um soldado de 21 anos que havia sido sequestrado de sua base militar durante os ataques de 7 de outubro. Sua libertação ocorreu por meio de operação cuidadosamente coordenada, iniciada por volta das 18h30 da segunda-feira, a partir de Khan Younis, segundo declarações oficiais do braço militar do Hamas e fontes das Forças de Defesa de Israel (FDI).

Os pais de Edan chegaram ao Aeroporto Internacional Ben-Gurion na tarde de segunda-feira, vindos dos EUA. Uma fonte de segurança informou que um helicóptero da Força Aérea, transportando Yael, mãe de Edan, e outras pessoas, decolou do aeroporto em direção a uma instalação de recepção próxima ao Kibutz Re’im, no sul de Israel.

Foi lá que eles encontraram Edan, depois dele ser transferido para as FDI dentro da Faixa de Gaza. O Hamas o entregou para a Cruz Vermelha internacional.

Libertação do refém Edan pelo Hamas

  • 17h58: Uma fonte de segurança informa que a Cruz Vermelha está a caminho do ponto de entrega no sul da Faixa de Gaza
  • 18h13: Relatos na mídia árabe indicam que Edan Alexander foi entregue à Cruz Vermelha
  • 18h16: O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, e o coordenador israelense para Reféns e Pessoas Desaparecidas, Gal Hirsch, seguem em direção à instalação de recepção em Re’im, próxima à fronteira com Gaza
  • 18h31: Edan é oficialmente entregue à Cruz Vermelha
  • 18h55: A Cruz Vermelha confirma que Edan foi transferido e está a caminho das forças das FDI
  • 19h10: A família Alexander recebe atualizações sobre a transferência. A avó de Edan, Varda, declara: “Ele está bem. Graças a Deus”
  • 19h29: O pai de Edan fala à imprensa: “É muito emocionante, não conseguimos dormir ontem à noite. Eu estava conectado aos canais de notícia como se fosse por soro. Ele está bonito. Um pouco pálido, mas é meu filho”
  • 19h38: Edan é entregue às forças da FDI dentro da Faixa de Gaza e escoltado por uma unidade de elite de volta a Israel. Ele será submetido a avaliação médica e reencontrará sua família
  • 20h04: Porta-voz das FDI confirma que Edan Alexander já está em solo israelense

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Soldado da Brigada Golani, Edan cresceu em Nova Jersey, nos Estados Unidos, mas, apesar da cidadania norte-americana, se tornou israelense com o ideal de servir nas FDI. Ele havia se oferecido para permanecer na base com seus colegas no dia dos ataques e acabou sendo sequestrado.

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