Em uma conferência realizada em Nova York na segunda-feira 12, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que não existe direita sem o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele ainda declarou que é prematuro discutir as eleições presidenciais de 2026.
“Está muito longe”, disse o governador. “A gente não tem de falar em eleição agora, tem de falar em entrega […] Está muito cedo, falta um ano e meio para a eleição. O que temos de pensar agora é em entregar resultados.”
A declaração de Tarcísio ocorreu depois do ex-presidente Michel Temer (MDB) sugerir que governadores de direita poderiam se unir para lançar uma candidatura única no próximo pleito.
A fala de Temer foi interpretada por muitos como uma possível exclusão de Bolsonaro das discussões políticas futuras.
Investidores estrangeiros demonstram cautela
Durante o evento, Tarcísio destacou que investidores estrangeiros mostram interesse no Brasil, mas com cautela. As principais preocupações estão relacionadas às questões econômicas e fiscais do país.
Os investidores querem saber se o Brasil terá condições de realizar reformas essenciais para melhorar a situação econômica. “Eles estão preocupados com a agenda Brasil, com o rombo da economia e, de certa forma, estão olhando o Brasil com cautela”, enfatizou o governador.
Além disso, Tarcísio comentou sobre o cenário econômico em comparação com a Argentina. Ele afirmou que, embora o presidente argentino Javier Milei tenha impressionado muitos, o Brasil possui fundamentos econômicos mais robustos.
“Só precisamos mexer três, quatro alavancas”, acrescentou, referindo-se aos ajustes necessários para impulsionar o crescimento econômico.
A articulação de Temer sem Bolsonaro

A articulação liderada pelo ex-presidente Michel Temer visa criar uma candidatura única de centro-direita para as eleições presidenciais de 2026.
A iniciativa visa a oferecer uma alternativa à “polarização política” entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. De acordo com o portal Poder360, Temer já conseguiu apoio para alavancar a candidatura através do Movimento Brasil.
“Eu vejo, em conversas que tive com alguns governadores, que eles estão muito dispostos a algo desta natureza”, disse Temer. “Não serão cinco que sairão. De fato, sob um critério palpável e objetivo, se saírem cinco de um lado e um único do outro, é claro que este único do outro terá uma vantagem extraordinária. Espero que haja dois ou três candidatos de programas determinados, sem muitas candidaturas.”
Os governadores envolvidos seriam Eduardo Leite (PSD-RS), Ratinho Júnior (PSD-PR), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Tarcísio, no entanto, negou as alegações no evento em Nova York.
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