Na quarta-feira 7, o ex-deputado Daniel Silveira sofreu uma contusão no joelho, na colônia agrícola onde está preso, em Magé (RJ), a pouco mais de 70 quilômetros do Rio. Silveira foi condenado a oito anos e nove meses de prisão.
Assinado pelo médico Victor Palatinic, o laudo que diagnosticou o ferimento recomenda o uso de alguns medicamentos, além de exames.
Conforme a defesa, contudo, os analgésicos prescritos não são suficientes para aplacar o problema. Por isso, já na semana que vem, Silveira será atendido pelo doutor Raimundo Filho, especialista em joelho, que cuida do ex-deputado desde 2021. A defesa informou à coluna que, no dia 13, encaminhou à Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro (Seap-RJ) os remédios necessários, porém, não obteve retorno se eles foram entregues ao ex-deputado na cadeia.
O problema de Silveira não é de agora. Há quatro anos, o ex-deputado apresentou a primeira lesão depois de um treinamento de Muay Thai. À época, Silveira já enfrentava um processo no Supremo Tribunal Federal (STF), por ofensas contra ministros. Em meio às idas e vindas do caso, que envolveu prisão, o advogado Paulo Faria informou ao ministro Alexandre de Moraes a situação. De acordo com Faria, porém, o juiz do STF ignorou os documentos que mostram a evolução do problema de Silveira no joelho.
Moraes arquiva inquérito contra Daniel Silveira

Na semana passada, Moraes arquivou um inquérito contra Silveira.
Trata-se do procedimento aberto por Moraes em 2021 para apurar mais de 30 supostas violações do ex-deputado à tornozeleira eletrônica. Em 2022, o inquérito chegou a ser prorrogado, por mais 60 dias.
Em virtude do que teria sido desrespeito à decisão do STF, à época, Moraes determinou, novamente, a prisão de Silveira, em 24 de junho daquele ano. Preso inicialmente em 17 de fevereiro, por ofensas ao Tribunal, Silveira estava em regime domiciliar desde 14 de março.
“Tendo o Ministério Público Federal requerido o arquivamento no prazo legal, não cabe ação privada subsidiária, ou a título originário, sendo essa manifestação irretratável, salvo no surgimento de novas provas”, escreveu Moraes, em decisão assinada na semana passada. “Diante do exposto, acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e defiro o arquivamento desta investigação.”
Leia também: “Abandonado na prisão”, reportagem publicada na Edição 226 da Revista Oeste
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