Embora a gripe aviária tenha chegado a uma granja comercial do Rio Grande do Sul, o Brasil ainda segue como referência para o mercado de carne de aves — sobretudo quando o assunto é frango. Maior exportador desse tipo de alimento no planeta, o país manteve a doença longe de suas granjas por anos. Enquanto isso, criadores de outros gigantes abateram animais aos milhões.
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A situação dos Estados Unidos, por exemplo, é um caso emblemático. O vírus alastrou-se como um incêndio entre galinheiros da América. Por lá, houve o abate de 24 milhões de aves por causa da doença apenas em 2025 — e o número passa de 100 milhões, quando os outros anos entram na conta.
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Ao mesmo tempo, o município onde há o único registro da gripe aviária em uma granja comercial no Brasil representa menos de um traço na produção nacional de carnes de frango. A proporção é equivalente a um pequeno copo em uma caixa d’água de mil litros.
Gripe aviária no Brasil
A primeira notificação de gripe aviária no Brasil ocorreu em maio de 2023. Contudo, naquele momento, tratava-se do contágio em aves migratórias silvestres. Demorou mais de dois anos até a contaminação chegar aos rebanhos comerciais. Até o momento, o único caso ocorreu em Montenegro, interior do Rio Grande do Sul, em 16 de abril de 2025.
Nesse intervalo, mesmo com a presença do vírus já em território nacional, nenhuma ave destinada à produção de alimentos foi comprometida no país. Enquanto isso, outros gigantes abateram granjas inteiras para tentar controlar a doença.
Dentro das fronteiras dos EUA, quase 170 milhões de aves foram abatidas desde 2022. O vírus se espalhou a ponto de faltarem ovos nas prateleiras. Mesmo com tantos problemas, não houve a interrupção absoluta das vendas. O segredo é a compartimentação, técnica já estruturada no Brasil.
Com a compartimentação, em vez de parar as vendas de um país inteiro, apenas a área onde está o foco da contaminação fica isolada. As autoridades de saúde do Brasil aplicaram essa mesma técnica para conter a gripe aviária em Montenegro — ou, ao menos, no menor número possível de municípios.
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