Comprovantes da Uber informam que Filipe Martins, assessor da Presidência para Assuntos Internacionais do governo Bolsonaro, não estava no Alvorada durante a reunião na qual teria se discutido um suposto plano de golpe, na manhã de 7 de dezembro de 2022.
Obtidos por Oeste, os documentos corroboram dados de geolocalização da operadora TIM, que mostram Martins distante do palácio. A presença de Martins no local também não foi confirmada pelo general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, que esteve no encontro. Durante depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), sem citar Martins, o militar disse que “um assessor” entrou na sala, deixou um papel e foi embora.
Os documentos do aplicativo de transporte mostram, que às 10h19, Martins se deslocou da Asa Sul, na capital federal, para a Asa Norte. Nesse momento, a reunião para tratar do que seria uma tentativa de ruptura institucional estava ocorrendo.
Conforme a Procuradoria-Geral da República, registros da portaria do Alvorada mostram a entrada de Martins para a reunião. Os advogados do ex-assessor, contudo, afirmam que as informações apresentam problemas técnicos e não são confiáveis. Ainda de acordo com a defesa, não haveria registros de saída do ex-assessor.
Filipe Martins vira réu no STF

Em 22 de abril, a 1ª Turma do STF tornou Martins réu, por suposta tentativa de golpe.
Martins e outros acusados responderão pelos seguintes crimes:
- Abolição violenta do Estado democrático de Direito — pena varia de 4 a 8 anos de prisão;
- Golpe de Estado — pena de 4 a 12 anos;
- Organização criminosa — pena de 3 a 8 anos;
- Dano qualificado — pena de 6 meses a 3 anos;
- Deterioração de patrimônio tombado — pena de 1 a 3 anos.
Leia também: “O preso de estimação do STF”, reportagem publicada na Edição 269 da Revista Oeste
O post Comprovantes da Uber mostram que Martins não estava no Alvorada durante encontro sobre suposto golpe apareceu primeiro em Revista Oeste.