O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, rejeitou mais um recurso do coach Pablo Marçal e manteve a sentença que o tornou inelegível por oito anos.
O magistrado negou os embargos de declaração apresentados pela defesa do ex-candidato, que contestava a segunda condenação por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. A decisão foi publicada na quinta-feira 22, no Diário de Justiça.
Marçal condenado duas vezes
Marçal foi condenado duas vezes pela Justiça Eleitoral, o que o impede de disputar eleições até 2032. Em ambas as ações, os juízes concluíram que ele violou a legislação ao pagar seguidores para impulsionar vídeos com sua imagem nas redes sociais durante a campanha à prefeitura de São Paulo, em 2024.

A defesa alegou que a sentença não analisou todos os perfis acusados de publicar os conteúdos e que não há provas de pagamento. O juiz, no entanto, citou uma entrevista do próprio Marçal como prova da prática:
“Quer ganhar dez conto, vinte conto? Eu tô pagando em dinheiro. Ninguém dá conta de ter dois bilhões de visualizações no TikTok se não fizer isso”.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Segundo Zorz, Marçal tenta rediscutir o mérito da condenação, o que não cabe nesse tipo de recurso.
“O embargante, ao alegar a existência desses supostos vícios na sentença proferida, busca, em verdade, rediscutir o mérito do processo”, escreveu o juiz.
Marçal ainda pode recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).
O post Justiça mantém inelegibilidade de Pablo Marçal por abuso de poder nas redes apareceu primeiro em Revista Oeste.