IOF virou ‘Imposto sobre Oprimidos Financeiramente’, diz deputado

Em vídeo publicado em suas redes sociais na última quinta-feira, 22, o deputado estadual Prof. Claudio Branchieri (Podemos-RS) criticou a política fiscal do governo federal, em especial o reajuste no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O parlamentar afirmou que o tributo é regressivo e penaliza justamente a população mais vulnerável economicamente. Em tom irônico e crítico, Branchieri rebatizou o tributo como “Imposto sobre Oprimidos Financeiramente”.

“Lula prometeu justiça social, mas está te entregando mais imposto”, declarou. Para o deputado, o imposto afeta diretamente o cotidiano de milhões de brasileiros sem que muitos sequer percebam. “E o mais perverso deles, o IOF. Invisível, silencioso, implacável.”


“Ninguém vê, mas todo mundo paga — principalmente o mais pobre”, afirmou. Ele reforçou que o IOF incide sobre operações comuns, como empréstimos, câmbio, seguros e compras internacionais, o que eleva o custo de vida.

Branchieri sustenta que o imposto é injusto por afetar proporcionalmente mais os que têm menos recursos. “Ele é regressivo e cruel”, disse. “Os mais pobres pagam proporcionalmente mais, ele encarece o crédito.”

O deputado exemplificou: “O consumidor que compra a geladeira em 12 vezes paga IOF nas parcelas”, explicou. “A pessoa que compra a blusinha na Shein paga IOF nas compras importadas. O pequeno comerciante que antecipa as parcelas do cartão de creche paga IOF.”

IOF afeta consumo popular e pequenos negócios

Branchieri também contestou a justificativa do governo federal de que o IOF é necessário para financiar programas sociais. “Lula vai tentar te convencer de que precisa da arrecadação do IOF para fechar as contas e sustentar os programas sociais”, disse.

Ele defendeu que, apesar da redução da alíquota promovida em 2022 pelo governo anterior, a arrecadação cresceu. “Em 2022, com alíquota de 6,38%, a arrecadação do IOF foi de R$ 59,7 bilhões. Em 2024, com a alíquota em 4,38%, a arrecadação foi de R$ 68,8 bilhões.”

O deputado atribuiu o desequilíbrio fiscal a gastos públicos e os classificou como “descontrolados, irresponsáveis e populistas”. Entre os exemplos, citou a contratação de mais de 15 mil servidores públicos, comitivas em viagens internacionais e indenizações pagas à ex-presidente Dilma Rousseff.

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Por fim, comparou o governo atual com o anterior, comandado por Jair Bolsonaro. “Com Lula, é mais imposto e menos liberdade”, criticou. “Diferente de Bolsonaro, que era mais competitividade e um Brasil mais conectado com o mundo.”

Para Branchieri, a escolha por manter e ampliar a arrecadação via IOF reflete a recusa em cortar gastos e a preferência por tributar os setores menos organizados politicamente. “É mais fácil apertar quem não tem lobby: o pobre, o trabalhador, o pequeno comerciante”, avaliou.

O parlamentar conclui com uma crítica direta ao discurso oficial: “Enquanto o Lula fala em taxar os mais ricos, o que ele faz mesmo é esmagar os mais pobres”, finalizou. “Aumento de IOF é mais imposto, menos esperança e o Brasil vai continuar quebrando.”

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