A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) começou a analisar nesta terça-feira, 27, uma proposta de acordo sobre uma suposta fraude no mercado de capitais envolvendo principalmente o Banco Master (ex-Banco Máxima). O processo inclui do mesmo modo o CEO da companhia, o banqueiro Daniel Vorcaro, além de outros acusados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Sob investigação desde 2021, o caso refere-se à emissão de R$ 250 milhões em cotas do fundo imobiliário Brazil Realty. A operação se deu em 2018. A CVM apura indícios de fraudes na compra dessas cotas. Além disso, monitora negociações posteriores no mercado secundário e outras práticas que configuram irregularidades, conforme a Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (SRE) da CVM.
CVM: processo se arrasta desde 2021
Procurado pelo jornal, o Banco Master não se manifestou. O processo, sob relatoria do diretor da CVM Otto Lobo desde julho de 2022, ainda não teve desfecho depois de quase três anos de tramitação.
Questionado sobre a demora, Lobo justificou dizendo que houve “incidentes processuais” ao longo do período. “Nesse ínterim, ocorreram quatro reuniões do Colegiado da CVM sobre o assunto, em 20/12/2022, 27/08/2024, 03/09/2024 e 17/12/2024. As atas são públicas e estão disponíveis no site da CVM”.
Antes de chegar ao colegiado, a proposta passou pela análise do Comitê de Termo de Compromisso da CVM, que avalia se recomenda ou não a celebração de acordos. Depois de recusar duas tentativas anteriores, o comitê emitiu, em dezembro de 2024, parecer favorável à aceitação dos termos propostos.
O que estaria sob análise nesta terça seria exatamente essa recomendação. Não se sabe, porém, quem são as pessoas que aderiram à tentativa de acordo e quais seriam os termos em oferta.
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