À sua maneira, o Brasil também foi um fuzuê em 1924. Foi o ano da Revolta Paulista, o segundo levante militar contra as oligarquias que atrasavam o país (o primeiro foi o dos 18 do Forte de Copacabana, no Rio, em 1922). Os rebeldes tomaram São Paulo, espaventaram o governador e os quatrocentões, donos do poder, fugiram trêmulos para suas fazendas. Mas o governo de Arthur Bernardes mandou os aviões bombardearem a cidade, dispersou os rebeldes e dali nasceu a Coluna Prestes. Ano histórico. Os mais ousados talvez incluam entre os eventos de 1924 também o nascimento de Ibrahim Sued.
Os anos terminados em quatro sempre foram agitados. Em 1944, tivemos a luta dos pracinhas na Itália. Em 1954, o lançamento de “A Luta Corporal”, de Ferreira Gullar, que rachou a poesia brasileira. Em 1964, o golpe militar. Em 1974, a fusão por Geisel da rica Guanabara com o falido Estado do Rio, para esvaziar política e economicamente o Rio. Em 1984, a explosão do duto em Cubatão. Em 1994, a morte de Ayrton Senna e Tom Jobim. E por aí vai.
Mas por que esse formalismo dos números redondos? Há uma teoria de que, se Herodes morreu em 4 a.C., Jesus Cristo só pode ter nascido naquele ano, há 2.028 quebrados anos atrás. Se for verdade, significa que Ele não ligava para números, tanto que nasceu antes de Cristo.
Leia mais (02/18/2024 – 08h00)