Defesa de Bolsonaro solicita acesso completo às provas da investigação sobre suposto golpe

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira 11, acesso completo às provas da investigação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.

A Polícia Federal indiciou Bolsonaro, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar uma denúncia nos próximos dias.

O ministro Alexandre de Moraes afirmou que os investigados teriam acesso garantido às provas documentadas nos autos.

No entanto, Celso Vilardi, advogado de Bolsonaro, declarou que a defesa ainda não conseguiu obter todas as informações necessárias.

Provas não foram integralmente disponibilizadas, diz defesa de Bolsonaro

De acordo com Vilardi, as provas mencionadas no relatório final da investigação, apresentado pela Polícia Federal em novembro, não foram integralmente disponibilizadas.

Ele destacou que o material apreendido nas operações de busca e apreensão também não está completamente acessível para a defesa.

“O que a defesa busca ainda sem sucesso conhecer é o resultado das diligências já encerradas”, afirma Vilardi, na petição. “Vale dizer, o que se obteve com as buscas e apreensões deferidas por Vossa Excelência e já integralmente cumpridas pela autoridade policial.”

No documento, Vilardi também cita a possível apresentação de uma denúncia pela PGR e afirma que “resta claro que o conjunto de elementos reunidos com diferentes quebras de sigilo, apreensões e outras diligências pode ser descrito como gigantesco, para dizer muito pouco”.

Relembre o caso

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou sobre Carla Zambelli à Rádio Bandeirantes | Foto: Isac Nobrega/PR
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) | Foto: Isac Nobrega/PR

Em novembro de 2024, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro, o candidato a vice na chapa do ex-presidente na eleição de 2022, general Braga Netto, e outras 35 pessoas, por suposta tentativa de golpe de Estado.

De acordo com o relatório, que tem mais de 800 páginas, Bolsonaro, Braga Netto e demais aliados cometeram também abolição violenta do Estado Democrático de Direito e montaram uma organização criminosa.

Conforme a PF, os indiciados supostamente atuaram em seis grupos:

  1. Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral;
  2. Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado;
  3. Núcleo Jurídico;
  4. Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas;
  5. Núcleo de Inteligência Paralela;
  6. Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas.

Na época, o processo foi encaminhado ao STF, que pediu manifestação da PGR. Se a PGR entender que há indícios de crime e apresentar uma denúncia, caberá, então, ao STF determinar se os investigados vão irar réus.

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