Tesla suspende venda na China depois de Pequim reagir às tarifas de Trump

A Tesla parou de aceitar novos pedidos na China para dois modelos de carro que os asiáticos  importam de uma fábrica nos Estados Unidos. A decisão ocorre logo depois de o governo sob a liderança de Xi Jinping impor mais uma série de tarifas sobre importações norte-americanas.

Nesta sexta-feira, 11, o site da Tesla na China removeu o botão de “pedido” do sedã Model S e do utilitário esportivo Model X. Os clientes só têm a opção de comprar esses modelos caso haja estoque disponível. Ou seja, não é possível encomendá-los. A fábrica da empresa em Fremont, na Califórnia, é quem monta os modelos.

Tesla evita comentar decisão

A China anunciou nesta manhã, pelo horário de Brasília, uma nova reação às tarifas norte-americanas, elevando suas taxas sobre importações dos EUA a 125%. O governo chinês avisou que não vai mais subir essas tarifas e classificou as medidas do governo do presidente Donald Trump como “piada”.

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A Tesla não explicou por que os clientes não podem mais encomendar esses modelos, mas a mudança ocorreu um dia depois de a China ter aumentado suas tarifas de importação sobre produtos dos EUA para igualar o nível das chamadas “tarifas recíprocas” do presidente Trump, que já chegam a 145% sobre importações chinesas.

A Tesla ainda está vendendo o Model S em algumas cidades chinesas onde mantém estoque. O Model S e o Model X, duas das opções mais caras da empresa, não têm grandes volumes de venda na China. Elon Musk, CEO da Tesla e assessor de Trump, não criticou abertamente a política tarifária do presidente.

O bilionário, contudo, teria feito comentários defendendo a remoção de todas as tarifas. Ele também já teve desentendimentos públicos com Peter Navarro, conselheiro sênior da Casa Branca e um dos arquitetos da política comercial de Trump.

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