Uma das principais bandeiras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a última campanha eleitoral para a Presidência da República foi a luta contra a misoginia. Em agosto de 2023, o petista não mediu palavras para afirmar que o “empoderamento feminino” é condição para o desenvolvimento dos países.
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Apesar das promessas e dos discursos, Lula vem colecionando declarações machistas nos últimos meses. Enquanto isso ocorre, parlamentares feministas se calam. A última manifestação do presidente nesse sentido ocorreu na última terça-feira, 8.
Durante o Encontro Internacional da Indústria da Construção, em São Paulo, o petista chamou a economista búlgara e diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, de “mulherzinha”. A declaração ocorreu enquanto Lula relembrava um encontro com Georgieva durante a Cúpula do G7, realizada em 2023, em Hiroshima, no Japão.
Outras declarações machistas de Lula
Essa foi a segunda vez em menos de um mês que o presidente faz declarações controversas sobre mulheres. Em 12 de março, Lula afirmou que escolheu uma “mulher bonita” para ocupar um cargo de ministra.
O objetivo, segundo o chefe do Executivo, é facilitar o diálogo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Ele se referia a Gleisi Hoffmann, chefe das Relações Institucionais.

A bancada feminista do Partido dos Trabalhadores na Câmara e no Senado ignorou a declaração de Lula, mas não poupou críticas ao deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO). O parlamentar goiano afirmou que o petista ofereceu Gleisi aos respectivos presidentes das Casas “como um objeto”.
Em nota, a bancada feminista afirmou que “as declarações de Gayer desrespeitam as mulheres e reforçam os discursos machistas, misógenos e violentos”.
Se for corintiano, “tudo bem”
Um outro caso que envolveu falas machistas de Lula ocorreu em julho do ano passado. Na ocasião, ele afirmou que, caso o agressor de mulheres seja torcedor do Corinthians, “tudo bem”. O petista deu a declaração enquanto comentava uma pesquisa que mostra um aumento nos índices de violência doméstica depois de partidas de futebol.

Nesse caso, uma integrante do governo não gostou a fala do presidente. Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves criticou a piada machista de Lula. “Não dá para aceitar piadinha de nada nem de ninguém”, disse.
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