O grupo terrorista Hamas afirmou que libertou, nesta segunda-feira, 12, o refém Edan Alexander, de dupla cidadania, israelense e norte-americana, de 21 anos, capturado durante os ataques de 7 de outubro. Ele já não está sob controle do grupo, segundo o The Jerusalem Post. A libertação ocorre no mesmo período em que o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, realiza uma visita oficial ao Oriente Médio.
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Trump irá desembarcar na Arábia Saudita nesta terça-feira, 13, e depois visitará o Catar e os Emirados Árabes Unidos. A viagem vai até sexta-feira 16.
A operação de libertação está prevista para começar às 18h30 (horário local) desta segunda-feira, na cidade de Khan Younis, segundo informações divulgadas tanto pelo braço armado do Hamas quanto por fontes das Forças de Defesa de Israel (FDI).
Edan, integra a Brigada Golani. Criado em Nova Jersey, ele estava servindo voluntariamente em uma base militar na fronteira com Gaza no dia do ataque, quando foi sequestrado. Desde então, era mantido em cativeiro.
Segundo fontes envolvidas na operação, a libertação foi organizada sem a participação do governo de Israel, sendo articulada como uma iniciativa direta do Hamas em sinal de boa vontade diante da presença de Trump na região. A decisão levanta dúvidas sobre possíveis negociações paralelas entre o grupo palestino e autoridades internacionais.
Hamas acena para Trump
A estratégia do Hamas é criar constrangimentos entre os governos norte-americano e israelense.
Donald Trump, porém, já ressaltou que estará do mesmo lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em todas as questões. No final de abril, ele fez o comentário em uma publicação nas redes sociais depois de uma conversa telefônica com Netanyahu.
“Acabei de falar com o primeiro-ministro de Israel, Bibi Netanyahu, sobre vários assuntos, incluindo comércio, Irã, etc”, relatou Trump. “A conversa correu muito bem; estamos do mesmo lado em todas as questões.”
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Israel deve enviar uma equipe de negociação de acordo para a libertação de todos os reféns a Doha na terça-feira 13, segundo escritório do primeiro-ministro.
O enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, já está em Israel e tem trabalhado, neste momento, pela libertação do refém de Edan.
As negociações sobre os reféns no entanto não saíram da pauta. Foram interrompidas depois do fim da primeira etapa do cessar-fogo, que terminou em meados de março.
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