A Força Aérea de Israel realizou um ataque aéreo de grandes proporções contra alvos no Irã, inclusive em locais próximos ou dentro da capital, Teerã, na noite desta quinta-feira, 12. A operação foi confirmada por fontes militares israelenses e acompanhada por sirenes em diversas regiões de Israel, em um alerta preventivo à população.
Explosões foram registradas em Teerã, conforme informado por fontes com conhecimento da operação ao site norte-americano Axios. Não foi oficialmente confirmado se os alvos atingidos incluíam instalações nucleares, embora essa seja a hipótese predominante.
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Apesar da magnitude do ataque, até o momento não há nenhuma retaliação por parte do Irã. Ainda assim, o comando da defesa civil israelense advertiu sobre a possibilidade de uma “forte ofensiva com mísseis vindos do leste”, e determinou o fechamento de escolas, locais de trabalho e eventos públicos.
O ataque teria surpreendido o Irã, com bombardeios contra “locais onde eles não esperavam”, de acordo com a mídia. Segundo as mesmas fontes, o país persa havia planejado, com apoio de grupos como o Hezbollah e o Hamas, “a destruição do Estado de Israel”, o que teria levado as autoridades militares israelenses a considerarem ter sido atingido o “ponto de não retorno”.
Israel conduz operação sem apoio direto dos EUA
Segundo a imprensa israelense, o ataque integra uma campanha aérea nomeada “Nação de Leões”, voltada contra o programa nuclear iraniano e instalações militares. De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF), “o Irã tem urânio enriquecido suficiente para construir várias bombas em poucos dias” e a ofensiva visa a neutralizar essa “ameaça iminente”.
A ação israelense ocorre em um momento de tensão diplomática. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia manifestado esperança na continuidade de um acordo nuclear com o Irã. Segundo o Axios, “Trump publicamente se opôs a um ataque israelense aos locais nucleares iranianos” e reiterou sua crença de que um acordo ainda seria possível.

Ainda de acordo com o site, o governo norte-americano teria informado a aliados que não participaria da ofensiva. Fontes revelaram que “os Estados Unidos não forneceriam apoio ofensivo” ao ataque, embora possam oferecer ajuda defensiva a Israel caso haja retaliação iraniana.
A extensão exata dos danos e os próximos desdobramentos ainda são incertos. O Ministério da Defesa de Israel declarou estado de emergência e afirmou que uma resposta iraniana com “mísseis e drones” é esperada em breve.
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